VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

REFORMA POLÍTICA URGENTE



ZERO HORA 08 de maio de 2017 | N° 18839. ARTIGO



REFORMA URGENTE, POR CLÁUDIO BRITO*



Não vou propor que acelerem as votações e aprovem logo a terrível reforma previdenciária. Muito menos defenderei que agilizem a aprovação da nova proposta de legislação trabalhista. Ambas exigem muito mais debates que os poucos até aqui realizados. São projetos castradores de direitos, mesmo que seus defensores jurem o contrário. Não que não se deva pretender inovação e avanços, mas o visto até aqui é uma calamidade. Então, que se examine muito bem cada dispositivo projetado, para não apresentarem depois um monstrengo ao exame final do Supremo Tribunal Federal.

A reforma para a qual reclamo urgência é a política. Precisamos que tudo esteja aprovado até outubro, um ano antes da próxima eleição, ou de nada adiantará um novo padrão legal para nossos partidos e seus candidatos, a não ser para 2020. Votação em lista? Voto distrital? E quais serão as regras para o financiamento das campanhas? Haverá reeleições possíveis? Cláusulas de barreira ou de desempenho? Fiquei feliz há poucos dias, quando, em meio ao estrépito da Lava-Jato e outras notícias em torno do prende e solta do STF, escapou uma informação de que foram dados alguns passos no rumo de um texto claro e desejável para uma reforma política. Foi constituída uma nova comissão na Câmara Federal, presidida pelo peemedebista Lúcio Vieira Lima, da Bahia, tendo como relator o petista Vicente Cândido, de São Paulo.

Desmentidos os boatos de um adiamento das eleições, dois pontos foram confirmados pelo novo relator: a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais. Se ficarmos apenas com essas medidas, já teremos avançado muito, pois são providências suficientes para impedir o toma lá dá cá das negociações de cargos, empregos e ataques aos orçamentos em troca de apoios que ajudam a desenhar o quadro horrendo que pretendemos apagar para sempre. Quero crer nisso e defendo a ideia de extrema urgência na mudança que mais faz falta, a que só a reforma política produzirá.


Jornalista