VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 2 de abril de 2016

SEIS POR MEIA DÚZIA



ZERO HORA 02 de abril de 2016 | N° 18489



GILBERTO SCHWARTSMANN*




A proximidade do impedimento da presidente Dilma Rousseff deixou-me um pouco ambivalente. Num primeiro momento, senti um alívio. Interromper-se-á um governo cheio de problemas e o país terá vida nova.

Contudo, fui imediatamente invadido por uma sensação de frustração. Dei-me conta de que os destinos do país ficarão em mãos de políticos sem legitimidade para o cargo, muitos deles suspeitos das mesmas práticas que condenamos no atual governo.

Em 30 de março, Zero Hora publica uma fotografia de vários líderes do PMDB, sorridentes, após a decisão de abandonar o governo. Todos em êxtase com a possibilidade de um novo loteamento de cargos.

Imagino se Temer assumisse hoje como presidente e fosse às ruas com seu novo ministério, para receber do povo brasileiro as boas-vindas. Tenho dúvidas sobre como seriam recebidos.

Eles não são os líderes que desejamos para o Brasil. Melhor seria que a presidente da República saísse do Palácio do Planalto levando junto o seu vice-presidente.

E que ocorresse também o afastamento dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para que eles fossem submetidos ao julgamento pelos seus crimes. Assim, o Poder Legislativo poderia recuperar sua credibilidade.

É isto que o povo brasileiro deseja. E quem poderia operar esse milagre? O Tribunal Superior Eleitoral. Se esse órgão confirmasse o que todos nós já sabemos, a existência de dinheiro sujo na campanha eleitoral, Temer também perderia o mandato.

E teríamos novas eleições presidenciais. O povo decidiria quem seriam os novos governantes. Não importa se do PT, do PMDB ou de outros partidos, desde que políticos dignos e com projetos que nos dessem novamente a esperança de um Brasil melhor.

Não sei se há tempo hábil para isto. E os mais experientes me dizem que isto não irá acontecer. Ou seja, a volta dos velhos caciques é irreversível. Pela fotografia estampada em Zero Hora, pouco mudará em nossa maneira de fazer política. Será quase como trocar “seis por meia dúzia”.

Médico e professor*



COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - ESTA É UM CRISE EM QUE A JUSTIÇA SERÁ PROTAGONISTA, NÃO PODENDO LAVAR AS MÃOS, MEDIAR CONFLITOS, SER LENIENTE OU EMPURRAR A RESPONSABILIDADE EM OUTRO PODER OU NO POVO...Vai ter que agir com firmeza, rapidez e coatividade para resgatar a serenidade perdida e impor a lei e a ordem no país.

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