VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 15 de março de 2016

PRECISAMOS DE POLÍTICOS DIGNOS




 ZERO HORA 15 de março de 2016 | N° 18473


EDITORIAIS



Os brasileiros deram uma grande demonstração de civilidade e democracia no último domingo, tanto no caso de manifestantes antigoverno, que foram às ruas e protestaram de forma criativa, pacífica e posicionada, quanto de apoiadores do governo, que se manifestaram timidamente ou se recolheram. Não houve provocações nem conflitos. Agora, porém, todos temos que ser consequentes: o que fazer com tanta insatisfação sem levar a política ainda a mais descrédito e sem colocar em risco a própria democracia?

Um ponto preocupante, ainda mais visível nos últimos dias, é o grau de rejeição aos políticos de maneira geral, compreensível diante do elevado número de casos de corrupção investigados hoje. Homens públicos são eleitos para defender os interesses da população, e é inadmissível que um contingente tão numeroso deles tenha se desviado para contemplar ambições pessoais mediante até mesmo o desvio de dinheiro dos contribuintes. Ainda assim, a continui- dade do processo de moralização do país, que culminou com a expressiva manifestação nas ruas, depende dos políticos e da política.

Não há solução mágica, nem adianta imaginar que o juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da Lava-Jato em primeiro grau e herói do momento, poderá assumir o comando do país. O importante é ratificar apoio às instituições e buscar formas de fortalecer as agremiações partidárias, começando por uma reforma política consequente.

Com ou sem impeachment, os brasileiros não podem perder de vista que a saída para o impasse é escolher políticos dignos para representá-los.

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