VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 12 de setembro de 2015

QUEM É O INIMIGO DE DILMA



ZERO HORA 12 de setembro de 2015 | N° 18292


RBS BRASILIA | Carolina Bahia




A velha expressão cortar na carne significa, hoje, também parar de irrigar interesses.

Na falta de uma oposição mais consistente, o maior inimigo do governo é a própria presidente Dilma e seus assessores próximos. Se o ajuste fiscal era a prioridade do governo, o corte nos gastos da máquina não passa de uma medida básica, princípio de tudo. Mas foi adiada em nome da manutenção de programas sem controle, auxílio a movimentos sociais, cargos para aliados, uma estrutura de poder alimentada na última década pelo PT e demais partidos governistas. A velha expressão cortar na carne significa, hoje, também parar de irrigar interesses. Dilma hesitou, passou nove meses driblando o óbvio. Agora, não tem jeito.

A falta de dinheiro para bandeiras de campanha já começou a ser sentida neste ano. Mas o Planalto não assumiu a falta de dinheiro, apenas deixou a confusão se instalar. Foi assim com Fies, Pronatec, financiamento de creches, repasses para a saúde, obras do PAC. Para 2016, o mais honesto é que o Executivo assuma apenas o que tem capacidade de financiar, quanto estará à disposição e qual a previsão de recuperação. A esta altura, nem a militância parece mais estar disposta a viver na ilusão.

Pelos cálculos do ministro Joaquim Levy (Fazenda), cerca de R$ 15 bilhões poderiam ser economizados com o fim de alguns programas sociais e redução nas despesas de custeio. É a metade do rombo do orçamento, que é de R$ 30,5 bilhões. Quem está com a missão de enxugar os gastos é o ministro Nelson Barbosa (Planejamento), um homem sem pressa. Barbosa serve como um antagonista de Levy. No próprio Planalto, a ideia é de que sem ele a presidente poderia perder o apoio até mesmo do PT, diante das posições ortodoxas da Fazenda. Partidos da base, porém, reclamam de que não foram procurados para negociar o que cada um vai perder nesta reforma administrativa. Pelo contrário. Uma liderança do PR, partido que comanda o Ministério dos Transportes, confidencia:

– Está todo mundo bem quieto. Só esperando que o PMDB pegue o lugar dela.

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