VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

INCOMPETÊNCIA



ZERO HORA 15 de setembro de 2015 | N° 18295



DIONE KUHN*



Incrível como um governo conseguiu ir do céu ao inferno em tão pouco tempo. Avanços sociais nunca antes vistos neste país agora são sinônimo de gastos sem controle. Um governo que se orgulhava de ter propiciado a ascensão de uma nova classe média – graças a programas como Bolsa Família, Prouni, Pronatec, Minha Casa Minha Vida – convive agora com a pecha de perdulário.

É louvável uma administração ter como principal meta o social, ainda mais em um país com desigualdades gigantescas. Isso não pressupõe, porém, abandonar o dever de casa que é o de manter o equilíbrio entre receita e despesa, de traçar planos estratégicos para reduzir rombos históricos como o da Previdência.

Principalmente depois que a agência Standard and Poor’s rebaixou o grau de investimento do país, uma pergunta é inevitável: o que a presidente Dilma Rousseff e sua equipe econômica fizeram todo esse tempo? Como deixaram chegar a esse ponto? Ou Guido Mantega, Arno Augustin e cia. viviam em um mundo de ficção, ou – o mais provável – estavam totalmente engajados em um projeto partidário e governamental, deixando de lado o que era para ser a missão número 1 deles: zelar pelo dinheiro que entra e sai dos cofres públicos.

É dever de uma equipe econômica dizer não aos gastos. Assim como é da natureza das pastas que concentram obras e investimentos buscarem recursos. Um país só cresce de forma saudável se houver equilíbrio entre esses dois lados.

Claramente, a porteira se escancarou em 2014, quando a crise já estava no horizonte e o momento exigia cautela. Mas o governo enfrentava a ameaça de não se reeleger, os sinais de desgaste do PT começavam a aparecer em todas as classes sociais. O descontrole foi total, tudo para se perpetuar no poder.

Beira a vergonha ter de ouvir uma agência dizer ponto por ponto os deveres que o Brasil não cumpriu nos últimos anos. Colocar Joaquim Levy no comando das finanças, alguém totalmente desvinculado do PT, é a capitulação, o reconhecimento da incompetência administrativa. Levy virou uma espécie de interventor, alguém colocado no cargo para tentar salvar o país do naufrágio.

A missão de Dilma e do PT já terminou. Resta ainda a de Levy. Se conseguir tirar o país da crise, os méritos serão exclusivamente dele.

*Editora de Notícias
dione.kuhn@zerohora.com.br

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