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quinta-feira, 30 de julho de 2015

AMEAÇA REAL DE UMA GREVE ESPONTÂNEA NO ESTADO



ZERO HORA 30 de julho de 2015 | N° 18242



POLÍTICA + | Juliano Rodrigues




O primeiro sinal de que os servidores públicos do Estado não aceitarão passivamente o parcelamento dos seus salários foi dado ontem, após reunião entre as entidades que representam diversas categorias do funcionalismo. Mais do que a decisão de paralisar as atividades na segunda-feira caso seja confirmado o atraso no pagamento da folha, os sindicatos têm indícios de que haverá um colapso na prestação do serviço público a partir de sexta-feira. Além da paralisação agendada, as entidades entendem que uma boa parte do quadro funcional vai deixar de trabalhar enquanto não receber a íntegra dos seus vencimentos.

A justificativa para uma greve espontânea do funcionalismo se ampara nas dificuldades financeiras que serão geradas para os servidores, principalmente pela impossibilidade de alguns de se locomover para as repartições públicas. Some-se a isso a revolta dos funcionários pelo atraso e estariam criadas as condições para uma paralisação sem que haja necessidade nem mesmo da convocação dos sindicatos.

– A gente tem sentido da própria categoria uma ideia de parar. Os professores estão ligando do Interior, estão nos procurando para dizer que, sem salário, não vão trabalhar – afirma a presidente do Cpers, Helenir Schürer.

A percepção da líder do magistério é compartilhada pelos representantes de outras categorias, em especial a Segurança Pública. O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS, Isaac Ortiz, diz que, hoje, a entidade “nem precisa fazer força para convocar uma greve”:

– Tem muita gente que vai cruzar os braços por conta própria. As pessoas vão estar no cheque especial, com dívidas. Tem gente que não vai ter cabeça para trabalhar sem receber.

O governo tentava, até ontem, encontrar uma forma de, ao menos, pagar em dia os professores e funcionários de escola. Até o momento, porém, não foi encontrada uma solução. Uma das alternativas seria negociar com grandes empresas a antecipação do pagamento do ICMS ao Estado, mas as tratativas ainda não avançaram.



ALIÁS

Outro Estado que vive crise financeira, Goiás atrasou os salários dos servidores em julho e repetirá a medida em agosto. A diferença em relação ao RS é que, lá, o governo local também cortou os repasses aos outros poderes.



RETRATO DA CRISE



Se há um local que demonstre a ineficiência do poder público em resolver os problemas da população, este lugar é a ERS-118. Ontem, o repórter Paulo Rocha, da Rádio Gaúcha, percorreu 38 quilômetros da rodovia, que está há incríveis nove anos em obras. No trajeto entre Sapucaia do Sul e Viamão (foto), o jornalista contou 162 buracos, que obrigam motoristas a desviar ou reduzir a velocidade.

Os trechos mais deteriorados são os três primeiros quilômetros da rodovia, a partir da BR-116 até a rótula da Avenida Theodomiro Porto da Fonseca. O segmento de pista simples ainda não passou por obras e soma 42 buracos. Em vários pontos, os condutores não conseguem circular com velocidade superior a 20 km/h.

O secretário de Transportes, Pedro Westphalen, garante que o governo Sartori irá encaminhar uma solução para a rodovia. Segundo Westphalen, foram deslocados recursos para reiniciar a obra, que está parada, e a estrada deve ser incluída no plano rodoviário de concessões à iniciativa privada, que está em fase de elaboração pela pasta.



SECRETÁRIO PRESTIGIADO


Antes de embarcar para compromissos em Brasília, o governador José Ivo Sartori reuniu a cúpula da Segurança Pública para falar sobre a difícil situação financeira do Estado.

Na reunião, Sartori direcionou palavras de apoio ao titular da pasta, Wantuir Jacini, que tem sofrido críticas de parte de entidades de classe e também devido a algumas declarações consideradas polêmicas, como quando disse que as pessoas não deveriam retirar carro da concessionária sem pagar o seguro do automóvel.

O governador disse aos comandos da Brigada Militar, da Polícia Civil, do Instituto-Geral de Perícias e da Susepe que projetos estruturais para o futuro do Estado serão apresentados em breve pelo Piratini.


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