VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 5 de abril de 2015

SÍMBOLOS DE DESPERDÍCIO



ZERO HORA 04 de abril de 2015 | N° 18122


EDITORIAIS



A decisão do governo federal de restringir o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) por ministros de Estado pode ter apenas significado simbólico, mas corrige uma deformação ofensiva à sociedade. Em países desenvolvidos, com situação econômica muito melhor do que a brasileira, governantes e ministros costumam viajar em aviões de carreira e, em alguns casos, deslocam-se por meio de transporte público. O Brasil precisa não apenas eliminar símbolos de desperdício, mas também instituir uma cultura de racionalidade e objetividade nos gastos públicos.

Perto do corte orçamentário estimado em até R$ 80 bilhões, de fato, uma decisão como essa, prevista para a próxima semana, significa quase nada. A questão é que o uso de uma aeronave da FAB, na maioria das vezes, por um único ministro de Estado, poderia ser feita com uma despesa média de R$ 268 em voo comercial, evitando gastos superiores em até 44 vezes para os cofres públicos. O agravante é que, em muitos casos, integrantes do primeiro escalão requisitam aeronaves para cumprir uma agenda maquiada, na qual uma simples visita aos familiares é misturada com compromissos supostamente oficiais.

De nada bastam as restrições, porém, se não houver vigilância permanente para que sejam observadas à risca. Um decreto anterior, de 2002, já restringia o uso de aviões da FAB a casos muito específicos, mas não foi suficiente. E uma medida desse tipo não poderia se restringir apenas ao Executivo, como ocorre hoje.

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