VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

FINANÇAS,O PESADELO DE SARTORI



ZERO HORA 25 de novembro de 2014 | N° 17994

POLÍTICA + | Rosane de Oliveira




Por mais que a situação crítica das finanças estaduais tenha sido um dos principais temas da campanha, somente amanhã o governador eleito José Ivo Sartori terá um quadro real do que o espera a partir de 1º de janeiro. Os técnicos que trabalham na transição passaram o fim de semana debruçados sobre as respostas entregues na sexta-feira pelo atual governo e, ontem à noite, consolidaram os dados que serão apresentados ao peemedebista e os cenários possíveis. Quem conhece os números não hesita em afirmar que o melhor dos cenários é simplesmente horrível.

Não se fala da incapacidade do Estado de fazer investimentos com recursos do orçamento. Há muito a arrecadação é consumida no custeio da máquina. O problema é que as fontes de financiamento do déficit estão esgotadas. Comparando-se à crise da falta d’água em São Paulo e ao esgotamento do sistema Cantareira, pode-se dizer que o governo Tarso Genro gastou o “volume morto”. Sacou tudo o que podia dos depósitos judiciais (cerca de R$ 6 bilhões), aprofundou os saques do caixa único e deu aumentos salariais que terão de ser pagos até 2018. Tudo seria contornável se a economia estivesse crescendo, mas a receita mal está conseguindo repetir 2013.

A equipe de transição evita falar dos números que estão nas respostas entregues pelo Piratini, mas os dados públicos são suficientes para deixar os aliados de Sartori alarmados. O relator do orçamento de 2015, deputado Marlon Santos (PDT), vem alertando que há risco real de faltar dinheiro para o pagamento de salários.

O primeiro trimestre é menos crítico, porque em janeiro e fevereiro entra a receita do IPVA, mas, a partir de abril, a situação se complica. Hoje, para cada R$ 100 de receita, o Estado gasta R$ 105 e não tem de onde tirar essa diferença, nem como cortar os grandes gastos: folha de pagamento, dívida e aposentadorias.



ALIÁS

Para driblar a crise financeira, José Ivo Sartori terá de apelar para o governo federal, que também enfrenta problemas fiscais e sofre pressão de todos os Estados e municípios endividados. As formas de socorro da União são escassas e demandam tempo para a negociação.

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