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sábado, 1 de novembro de 2014

2,5 MIL PESSOAS EM ATO POR IMPEACHMENT DE DILMA EM SP

O Estado de S. Paulo 01 Novembro 2014 | 15h 35


Ricardo Chapola


Ato por impeachment de Dilma reúne 2,5 mil em São Paulo. Na Avenida Paulista, grupo pedia ainda a intervenção militar no País



São Paulo - Um protesto realizado neste sábado, 1º, na Avenida Paulista reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e intervenção militar no País. Gritos como "Viva a PM" foram entoados pelos manifestantes.

"Se você acha que democracia é isso que temos aqui, então sou a favor da volta do militarismo", disse o investigador de polícia, Sergio Salgi, de 46 anos. Ele foi ao protesto carregando uma faixa com os dizeres "SOS Forças Armadas".

O protesto foi organizado pela internet e, até a publicação desta reportagem, 100 mil pessoas haviam confirmado presença. O grupo chegou a fechar uma das faixas da Paulista e depois seguiu sentido ao Parque Ibirapuera. O ato segue escoltado pela PM.
Cerca de mil pessoas, segundo a PM, participam de ato contra o atual governo

Para o investigador, a melhor chance de tirar Dilma no poder seria lançar a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) à Presidência, nome apoiado por ele. "A melhor chance é só com o Bolsonaro. Mas não teve como", disse Salgi.

Bolsonaro já disse em entrevistas que quer ser candidato à Presidência em 2018.

O filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSC), que se elegeu deputado federal por São Paulo, participou da manifestação deste sábado na Paulista. O futuro parlamentar discursou sobre o único carro de som do ato, de onde afirmou que, se seu pai tivesse fosse candidato a presidente nesse ano, ele teria "fuzilado Dilma".

"Ele teria fuzilado Dilma Rousseff se fosse candidato esse ano. Ele tem vontade de ser candidato mesmo que tenha de mudar de partido", afirmou Eduardo Bolsonaro ao prever que o pai terá dificuldades em lançar seu nome à Presidência pelo PP.

Em seu discurso, Eduardo afirmou ainda que votaria no Marcola, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital, mas não em Dilma. "Dizia na minha campanha: voto no Marcola, mas não em Dilma. Pelo menos ele tem palavra", disse ele sobre o carro de som.

Os manifestantes exaltaram o deputado ao término do discurso: "Uh, Bolsonaro", gritavam.

A Polícia Militar organizou uma operação para eventuais confrontos na Paulista. Dois pelotões da Tropa do Braço ficaram posicionados nas ruas laterais ao Masp em casos de confusão no ato.

Manifestantes carregavam faixas e cartazes com as mais variadas mensagens, que iam de "Intervenção militar já" a "PT é o câncer do Brasil".

Votação. O cantor Lobão, também presente no protesto, disse sobre o carro de som que é a favor da "recontagem" dos votos e negou que o movimento é pela volta da ditadura militar. Ele fez as declarações depois de ver pelo celular a repercussão da manifestação nos portais de notícia.

"Exigimos a recontabilização (sic) dos votos. Não tem ninguém golpista aqui", afirmou o cantor. Nessa semana, o PSDB protocolou um pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que seja realizada uma auditoria na votação do 2º turno da eleição presidencial.

O perito Ricardo Molina - que atuou em casos como o da morte do empresário Paulo César Farias - disse que "qualquer um que não é analfabeto" sabe que as urnas foram fraudadas. Ele discursou sobre o carro de som que segue o protesto. "Elas (as urnas) são fraudáveis. Qualquer um que não é analfabeto sabe disso", disse o perito.

Polarizações. No caminho, alguns moradores da região sacodem bandeiras do PT de suas janelas. Em resposta, quem está na passeata gritam: "Vai pra Cuba". Há pessoas presentes no ato carregando bandeiras do candidato derrotado do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves.

No trajeto, houve uma ameaça de racha do movimento. Um outro carro de som aguardava o protesto perto do parque do Ibirapuera. Algumas pessoas que estavam na concentração da Paulista subiram nele e começaram a atacar quem seguia o outro carro de som. Sobre ele, algumas pessoas carregavam faixas em favor da intervenção militar. "Vocês estão querendo desviar. Isso é sacanagem. Aqui não tem político", gritava o manifestante sobre veículo que aguardava no parque Ibirapuera.

"Ninguém é a favor de golpe", rebatia Lobão, sobre o carro que veio da Paulista.

Pouco depois, os manifestantes pararam de se atacar e continuaram a passeata juntos até o Ibirapuera.

Os carros pararam em frente o monumento das Bandeiras. Em novo discurso, Eduardo Bolsonaro, filho do deputado Jair Bolsonaro voltou a exaltar a PM. "Quem não faz besteira a PM não bate", afirmou ele.

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