VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

QUE POLÍTICOS QUEREMOS?

 
JORNAL DO COMÉRCIO 30/10/2014



Daiçon Maciel da Silva




Chamou-me a atenção o resultado de pesquisa apresentada pela imprensa logo após o primeiro turno eleitoral, sobre o quadro dos 513 deputados federais que irão compor a nova legislatura, com início em 1 de fevereiro de 2015. São 260 que dizem ter como profissão a política (políticos profissionais), e os demais são: 44 advogados; 42 empresários; 29 médicos; 14 servidores públicos; 11 engenheiros; 11 professores; 7 economistas; 6 jornalistas; 5 policiais; 5 agricultores e 74 outros.

Estamos, mais uma vez, diante de um quadro no qual a maioria tem na política o sustento quase que exclusivo para a sua sobrevivência. Sou contra. Acabar com o profissionalismo político é dar oportunidades ao processo contínuo de renovação. É terminar com uma das maiores fontes da endêmica corrupção do nosso País, sobretudo entre o político e o mundo empresarial e financeiro.

Ao mesmo tempo, sou contra quem não se interessa absolutamente nada pela política, pois criticar e não apontar soluções é tarefa fácil.

Aqui, é bom lembrar que os gregos na antiguidade chamavam deidiotes quem não participava da política, ou seja, quem egoisticamente ficava isolado em sua casa, obcecado em suas mesquinharias, sem oferecer nenhuma contribuição para a comunidade, para a sua polis (cidade).

Ainda existem três outras questões que merecem reflexão: 1) O bom político deve deixar de exercer sua profissão particular no exercício de um eventual mandato? Entendo que sim, pois o mesmo deve cumprir integralmente as funções que a população lhe delegou; 2) O político deve ser reeleito para o mesmo cargo executivo, salvo depois de uma quarentena? Entendo que a questão é polêmica e deve ser pauta na reforma política, mas será que ela sai? Só acredito se houver um processo constituinte exclusivo; 3) O político deve fazer carreira em mandatos legislativos? Aqui, não tenho dúvidas, não deve. Talvez, no máximo, em dois mandatos consecutivos. Defendo a coincidência das eleições com mandatos de cinco anos, sem o direito à reeleição.

Engenheiro civil e ex-prefeito de Santo Antônio da Patrulha

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