VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

UM ESBOÇO DOS ELEITORES DO RS




ZH 16 de setembro de 2014 | N° 17924


JULIANA BUBLITZ


ELEIÇÕES 2014. CORRIDA AO PIRATINI

Mais recentes pesquisas do Ibope e do Datafolha dão indicações sobre o perfil dos votantes do Estado. Ana Amélia, por exemplo, é preferida entre os gaúchos com Ensino Superior, enquanto Tarso se destaca na parcela com Ensino Fundamental



A menos de um mês das eleições, as pesquisas dão pistas de qual é o perfil dos eleitores mais disputados na reta final da campanha: os indecisos. Além disso, oferecem elementos para o esboço de um retrato dos votantes dos principais candidatos ao governo do Estado.

Segundo as mais recentes sondagens do Ibope e do Datafolha no RS, a indefinição se sobressai entre as mulheres, com menos estudo e menos renda, e aparece com mais força no Interior. A tendência é de que ganhem prioridade nas últimas semanas da disputa.

Os resultados ajudam a entender em que segmentos os postulantes ao Palácio Piratini mais se destacam. As diferenças chamam atenção. Ana Amélia Lemos (PP), por exemplo, tem melhor desempenho entre as mulheres. Tarso Genro (PT), entre os homens.

Nos quesitos escolaridade, localização geográfica e renda familiar, os dois adversários também se diferenciam. A senadora é preferida entre gaúchos com Ensino Superior, renda familiar de mais de 10 salários mínimos e de municípios de 50 mil a 200 mil habitantes. Tarso se sai melhor nas parcelas com Ensino Fundamental, renda de dois a cinco salários e que habita a Região Metropolitana.

Ana Amélia, na avaliação do cientista político Bruno Lima Rocha, vem explorando a imagem de mulher bem-sucedida. Ao mesmo tempo, tem vínculos fortes com o setor agrário e com o Interior, o que explicaria a configuração.

Já Tarso é associado aos programas sociais petistas, que priorizam distribuição de renda – daí a vinculação a eleitores de menor poder aquisitivo e escolaridade. Isso não significa que os dois não tenham votantes em outros segmentos, mas reforça a percepção de que há, no momento, uma divisão no eleitorado.

– A distinção traduz a polarização que estamos vendo este ano, muito mais do que em 2010, quando Tarso venceu no primeiro turno – sintetiza Rocha.


Corrida para conquistar indecisos


O percentual de eleitores que ainda não sabem quem escolher para comandar o Palácio Piratini tende a abrir uma corrida por votos nas próximas semanas. Para atrair a atenção deles, a consultora de marketing político Gil Castilho dá a receita: o primeiro passo é conhecer melhor o segmento.

– Não basta saber que são mulheres mais pobres, menos escolarizadas e moradoras do Interior. Isso ajuda, mas é necessário refinar os filtros para descobrir o que buscam em um candidato e quais são seus problemas – afirma Gil.

É comum as coordenações de campanha pagarem por pesquisas específicas, em especial as qualitativas, para chegar a esses dados. Em geral, no caso de eleitores indecisos com essas características, as medidas incluem um reforço das atividades nas ruas, o famoso corpo-a-corpo. Isso sem contar a adoção de falas sob medida nos programas de rádio e TV.

– A linguagem não deve se basear em argumentos racionais. O que vai conquistar esses eleitores são frases simples, com depoimentos reais, de gente como eles. O que conta é o apelo emocional – avalia o estrategista eleitoral Paulo Di Vicenzi.

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