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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SUPOSTO USO DE DINHEIRO ILEGAL EM CAMPANHA CAUSA EMBATE ELEITORAL



ZERO HORA 29 de setembro de 2014 | N° 17937


OPERAÇÃO LAVA-JATO


A suspeita de que dinheiro do esquema de corrupção liderado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa na Petrobras poderia ter sido usado na campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010, divulgada pela revista Veja, virou munição da oposição no debate eleitoral.

Principal rival da presidente na corrida presidencial, Marina Silva (PSB) pediu a apuração das denúncias, ressaltando que Costa tem feito “acusações muito graves”, as quais “fazem estremecer a República”. Em Brasília, no sábado, Dilma classificou a reportagem como “factoide” e destacou que as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Costa afirmou em sua delação, segundo a revista, ter recebido um pedido de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma. A solicitação teria sido feita pelo ex-ministro Antonio Palocci, que nega o fato.

Conforme a Veja, Costa não teria detalhado se a contribuição acabou sendo feita e por quem. A oposição já se articula para pedir cópias de documentos e convocar Palocci para depor na CPI mista que tramita no Congresso.



Congresso em Foco | 27/09/2014 12:07

Veja

Petrobras: delator diz que campanha de Dilma pediu dinheiro ao esquema de corrupção

Há três semanas, Veja revelou que o ex-diretor da Petrobras havia dado às autoridades o nome de mais de trinta políticos beneficiários do esquema de corrupção. A lista, àquela altura, já incluía algumas das mais altas autoridades do país e integrantes dos partidos da base de apoio do governo do PT. Ficou delineada a existência de um propinoduto cujo objetivo, ao fim e ao cabo, era manter firme a adesão dos partidos de sustentação ao governo. O esquema foi logo apelidado de “petrolão”, o irmão mais robusto mas menos conhecido do mensalão, dessa vez financiado por propinas cobradas de empresas com negócios com a Petrobras. À medida que avançava nos depoimentos, Paulo Roberto ia dando mais detalhes sobre o funcionamento do esquema e as utilidades diversas do dinheiro que dele jorrava. Era tudo tão bizarro, audacioso, inescrupuloso e surpreendente mesmo para os padrões da corrupção no mundo oficial brasileiro, que alguém comparou o esquema a um “elefante-voador” — algo pesadamente inacreditável, mas cuja silhueta estava lá bem visível nos céus de Brasília.

A reportagem de Veja estampada na capa da edição de 10 de setembro passado revelou a mais nítida imagem do bicho. Ninguém contestou as informações. Agora, surge mais um “elefante-voador” originário do mesmo ninho do anterior. Paulo Roberto Costa contou às autoridades que, em 2010, foi procurado por Antonio Palocci, então coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff. O ex-diretor relatou ter recebido o pedido de pelo 2 milhões de reais para a campanha presidencial do PT. A conversa, segundo o ele, se deu antes do primeiro turno das eleições. Antonio Palocci conhecia bem os meandros da estatal. Como ministro da Fazenda, havia integrado seu conselho de administração. Era de casa, portanto, e como tal tinha acesso aos principais dirigentes da companhia. Aos investigadores, Paulo Roberto Costa contou que a contribuição que o ex-ministro pediu para a campanha de Dilma sairia da “cota do PP” na Petrobras.

Quando as autoridades quiseram saber se o dinheiro chegou ao caixa de campanha de Dilma em 2010, Paulo Roberto limitou-se a dizer que acionou o doleiro Youssef para providenciar a “ajuda”. Pelo trecho da delação a que Veja teve acesso, Paulo Roberto Costa diz não poder ter certeza de que Youssef deu o dinheiro pedido pela campanha de Dilma, mas que “aparentemente” isso ocorreu, pois Antônio Palocci não voltou a procurá-lo.

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