VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

PROGRAMA DE GOVERNO PARA QUÊ?



ZH 25 de setembro de 2014 | N° 17933



IVAN MARQUES*



É notório o descaso quanto à publicação de planos de governo dos candidatos aos cargos públicos no Brasil. A cada eleição, o documento que deveria ser a fonte de propostas das candidaturas acaba relegado a um papel quase insignificante dentro das milionárias campanhas publicitárias. O eleitor precisa conhecer a diferença entre os candidatos baseado nas ideias que eles têm sobre educação, saúde, segurança, temas fundamentais para a construção de um país melhor. A menos de 15 dias da eleição, não há absolutamente nada que justifique essa ausência.

Em relação à segurança pública, essa omissão é ainda mais grave. Numa área em que o potencial da União tem sido pouco utilizado, conhecer a visão de cada candidato sobre ela é fundamental. Em um país em que homicídios vitimam anual- mente mais de 50 mil vidas, é inadmissível que o tema não seja prioridade da agenda política e, consequentemente, do programa de governo dos principais candidatos à Presidência.

Um grupo de especialistas, do qual o Instituto Sou da Paz faz parte, elaborou a Agenda Prioritária de Propostas para Segurança Pública, que oferece um conjunto de recomendações concretas para subsidiar a formulação dos programas de governo na área.

Entre as principais propostas, estão a criação do Plano Nacional de Redução de Homicídios, priorizando a investigação desses crimes, o controle de armas e munições, programas preventivos focados em grupos mais atingidos pela violência e a redução da letalidade policial.

Destaca-se também a reforma do modelo policial, com a criação de polícias de ciclo completo, que atuem na prevenção e investigação de forma integrada, com controle externo forte e autônomo. Propõe-se, ainda, a revisão da política penitenciária, prendendo quem comete os crimes mais graves e priorizando alternativas penais para crimes cometidos sem violência.

Assim, ao oferecer aos eleitores propostas sobre segurança pública, o candidato assume mais do que um compromisso político, assume um compromisso ético com a preservação da vida. Somente com uma política de segurança melhor estruturada, conseguiremos reverter este quadro preocupante de homicídios no Brasil.


*Diretor-executivo do Instituto Sou da Paz

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