VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

LUTA CONTRA O FANTASMA DO VOTO ÚTIL




ZH 23 de setembro de 2014 | N° 17931


POLÍTICA + | Rosane de Oliveira




Pesquisas não decidem eleições, como a História já mostrou incontáveis vezes, mas produzem estragos no ânimo dos militantes e influenciam os financiadores de campanha. A duas semanas da votação, o fantasma do voto útil assombra candidatos que perderam terreno ou não estão conseguindo conquistar eleitores porque aparecem mal nas pesquisas. O caso de Aécio Neves é, de todos, o mais emblemático.

Ontem, em um encontro com empresários, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apelou para que resistam à tentação do voto útil. O problema dos tucanos é a disputa com Marina Silva pelos votos dos antipetistas que, pautados pelas pesquisas, trocaram Aécio pela ex-ministra.

Aécio não é o único a se preocupar com o voto útil. No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) tenta quebrar a polarização entre Ana Amélia Lemos (PP) e Tarso Genro (PT), usando o argumento de que os indecisos são maioria. Para tanto, baseia-se nas pesquisas espontâneas, em que se pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, mas não se apresenta a cartela com o nome dos candidatos. Sartori mescla esses dados com os das perguntas estimuladas, nas quais a sua curva de intenções de voto é ascendente.

Na eleição para o Senado, o PMDB também teme a desidratação de Pedro Simon por conta dos antipetistas que consideram prioridade impedir a vitória de Olívio Dutra. A preocupação se estende ao PP, cuja candidata, Simone Leite, ainda não conseguiu deslanchar. Diferentemente das eleições para presidente e governador, em que se pode votar no concorrente preferido no primeiro turno e escolher o menos pior no segundo turno, no Senado quem fizer um voto a mais será o vencedor. O persistente empate entre Olívio e Lasier Martins nas pesquisas reforça a polarização e reduz as chances de outros políticos conquistarem o voto dos indecisos.

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