VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

GREVE DE VOTOS?


ZH 09 de setembro de 2014 | N° 17917


THIAGO ROBERTO SARMENTO LEITE*



Começou a campanha eleitoral e o povo nas ruas já vive o clima da democracia. Este período que antecede o pleito detém a atenção da opinião pública. Todavia, mais uma vez, manifestações – pelos meios de comunicação (muito pelas redes sociais) e/ou outros expedientes – propugnam por ações negativistas; exemplificando: “voto em branco” ou “nulo”. Nessa linha, afixados em calçadas de principais vias do centro e bairros da cidade, estão adesivos defendendo a “greve de votos”.

Lamentáveis – por todos os ângulos – pregações contrárias ao voto livre e universal. Em que pesem escândalos e atos de corrupção perpetrados por alguns, mas, seguramente, não pela maioria, a pretensão não tem, absolutamente, conteúdo cívico e é desserviço à cidadania. De admitir que o atual quadro político-socioeconômico se mostra grave, ante sérias distorções em vários setores da administração pública (como apontado pelos Tribunais de Contas da União e de Estados). Resultado? Desolação e indignação, levando à descrença pessoas de bem.

Contudo, não será pelo desinteresse no processo eleitoral a solução da problemática. O que importa e como? Aproveitar – ao máximo – a fase e, pela informação, sufragar – entre nomes e programas partidários – candidatos que, por ilibada conduta individual e social, façam jus à confiabilidade de mandatos. Eis que voto é dever-direito, instituído pela razão e assegurado constitucionalmente. Sem dúvida, autêntico privilégio.

Existem homens e mulheres que podem e devem ser destinatários da honrosa atribuição. Tem – o eleitor – a possibilidade concreta de valer-se da Lei da Ficha Limpa, acompanhar debates políticos, bem como decisões emanadas do Tribunal Eleitoral. Então, pelo critério nas escolhas, influir na mobilização contra anomalias futuras.

O voto bem lançado propiciará alijamento da vida pública tanto dos incompetentes quanto dos nocivos ao meio social. Não votar se constitui em algo ineficaz e ilegal. Como, aliás, expressado em procedente editorial de ZH, ao sustentar sobre a “Força do eleitor”, onde evidenciado que – pela existência de rigorosa legislação e de mecanismos de fiscalização aprimorados – o eleitor tem “...os meios para que seja de fato protagonista em um pleito”.

Em verdade, o voto é poder. Portanto, “greve de votos”? Jamais! Pelo voto – do jovem ao idoso – de todos, sim, é que será preservada a democracia. Por tudo, tenho proclamado que: “Votar é preciso”!.


*EX-JUIZ DO PLENO DO TRE-RS





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