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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DE DELATOR A BOCA FECHADA NA CPI

 

ZH 18 de setembro de 2014 | N° 17926


POLÍTICA. De delator a boca-fechada



EM SESSÃO DE CPI, o ex-diretor de estatal Paulo Roberto Costa repetiu 18 vezes nada a declararDurante quase três horas de depoimento, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa repetiu 18 vezes “nada a declarar” ontem em sessão da CPI formada por deputados e senadores para investigar denúncias de desvios na estatal.

O silêncio contrastou com as últimas atitudes do ex-dirigente: em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) ele teria acusado diversos políticos de receber propina de fornecedores da Petrobras.

Por ordem da Justiça, Costa foi levado por policiais federais de Curitiba, onde está preso, a Brasília para atender à convocação da CPI. O ex-diretor foi preso em março, na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Ao MPF, em troca de redução de pena, Costa teria apontado deputados, senadores, governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de pagamento de propina com dinheiro de contratos da Petrobras. As supostas denúncias de Costa foram reveladas pela revista Veja e atingem integrantes de PP, PMDB e PT, siglas aliadas do governo Dilma Rousseff. O ex-diretor também teria citado o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE), morto em 13 agosto, como beneficiário do esquema.

– Hoje, o nome que o senhor falar, está morto (destruído) – afirmou o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) diante de Costa.

O ex-diretor, que assumiu o cargo por indicação do PP, ainda no governo Lula, respondeu:

– Desculpe, mas reitero a minha posição aqui de ficar calado.

Segundo o MPF, o delator está impedido, por lei, de tratar publicamente do conteúdo da delação premiada. Ainda assim, a oposição tentou realizar reunião fechada, apostando que Costa ficaria mais à vontade para falar, mas os governistas mantiveram a sessão aberta.

Derrotada, a oposição adotou a estratégia de relacionar as denúncias na Petrobras com o mensalão do PT. Às vésperas das eleições, parlamentares afirmaram que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, teria responsabilidade sobre o esquema. Na época em que Costa estava na diretoria, Dilma era presidente do conselho administrativo da empresa.

MINISTRO LIBERA REVISTA CENSURADA

Supostos trechos do depoimento de Costa têm vazado à imprensa. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso liberou a circulação da revista IstoÉ que cita o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), em reportagem sobre o depoimento de Costa. O governador é incluído na suposta lista de beneficiados pelo esquema na Petrobras. Uma juíza do Ceará havia proibido a circulação da publicação em todo o país.

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