VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O CICLO DA CORRUPÇÃO



JORNAL DO COMÉRCIO 16/07/2014


Léo L. Vieira



É dito que, nas convenções partidárias, os políticos difamam e caluniam para alcançar o poder. O processo de negociação política, de se discutir ideias e debates de delinear novos programas de governo, virou um desavergonhado leilão de negociatas, mormente, em época de eleição. Os candidatos desejam o apoio de vários partidos, e de partidos com várias bancadas parlamentares, tudo no desejo de aumentar o seu tempo de exposição no rádio e na televisão.

Ninguém mais olha a ética que determina a boa conduta dos políticos no Parlamento. Essas alianças ilegítimas seriam apenas um ajuntamento de forças para se aprovar planos ou projetos que poderiam entravar o bom andamento da democracia.

Como que transformados no craque uruguaio Luis Suárez, os partidos saem por aí a dar suas mordidas e dentadas, fazendo dos seus abocanhamentos como uma regra geral. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ao entrar no local da convenção, assistiu seus correligionários esbravejarem gritos de “vendido, vendido”. Tudo porque estavam revoltados em razão da coligação com a presidente Dilma Rousseff (PT). O aspecto mais deletério está naqueles partidos que, no leilão das coligações, estão buscando um hospedeiro para a engrenagem, que, uma vez instalada no poder, vai garantir a sobrevivência do ciclo do nepotismo, loteamento de cargos e outras mazelas.

Jornalista, Bagé/RS



COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Realmente, a corrupção no Brasil começa num sistema eleitoral que permite coligações ilegítimas unindo posturas divergentes, ideologias antagônicas e vantagens que o poder oferece, sem a preocupação com finalidade pública dos poderes ou com a governança do povo que elege e que detém o mandato de todos.

E, pior, apesar de descartado pelo poder, o povo avaliza estes sistemas eleitoral e político, se submetendo às regras, tolerando as promessas e continuando indo às urnas para votar na ilusão e na esperança por mudanças que possam melhorar o padrão e a qualidade de vida, com impostos menores e serviços públicos de qualidade, principalmente naqueles que envolvem a vida das pessoas - educação, saúde, justiça, segurança, mobilidade urbana, moradia, alimentação saudável.

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