VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 18 de maio de 2014

O BRASIL DA SONECA


ZERO HORA 18 de maio de 2014 | N° 17800


EM DIA | Daniel Randon

Diretor-presidente da Fras-le SA


Artigo publicado na revista The Economist considera os nossos trabalhadores pouco produtivos. A foto mostra um homem de chapéu com a bandeira do Brasil descansando em uma rede na praia. Como brasileiro, me senti ofendido com o estereótipo, embora saiba que nossa produtividade nas últimas décadas tem sido baixa em relação aos países emergentes.

O incremento de produtividade está ligado à necessidade de melhorias em temas estratégicos como educação, infraestrutura, energia e inovação.

O problema central é que no Brasil não existe perspectiva de planejamento de longo prazo, pensada para 10 ou mais anos. Precisamos construir uma visão comum de longo prazo, concebida de forma pluralista por várias mãos e mentes, independentemente de ideologias e de colorações político-partidárias.

Enquanto a sociedade não alongar seu olhar para além do curto prazo – ou da próxima eleição – visando ao interesse comum, estaremos fadados a continuar improdutivos, no município, no Estado e na União. No Rio Grande do Sul, temos bons exemplos no sentido de melhorar a produtividade. O Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) é uma referência que atende ao setor privado e ao público na busca da excelência, disseminando conhecimentos de gestão e inovação. Há empresas participantes do PGQP que, mesmo em cenário adverso, conseguem ser competitivas em nível global. E casos de sucesso no setor público com melhoria do serviço e redução de custo.

A campanha da ADVB-RS Rio Grande do Sim é outro movimento de atitude e de mobilização. A implantação da Política Industrial do Rio Grande do Sul, que tem o Fundo Operação-Empresa (Fundopem) como instrumento, precisa ser legitimada como política de Estado para diferentes governos.

Motivações locais como essas precisam repercutir e ter continuidade. Assim vamos mostrar que não somos o Brasil da soneca. Ao contrário, somos um país de talentos, com povo multicultural, flexível e capaz de se adaptar, com potencial de produtividade maior do que outros países emergentes.

Daniel Randon escreverá uma vez ao mês neste espaço



2 comentários:

José Lima disse...

Sentir-se ofendido deve ser também a manifestação dos baianos quando leem comentários semelhantes, postados por internautas de outros estados.

Jorge Bengochea disse...

COM TODA CERTEZA...