VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 19 de abril de 2014

DIAS PIORES VIRÃO


ZERO HORA 19 de abril de 2014 | N° 17768


PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA




Não é preciso ter bola de cristal para dizer que a última pesquisa do Ibope, na qual a presidente Dilma Rousseff perdeu três pontos mas continua com índices suficientes para vencer no primeiro turno, foi excelente perto do cenário que se avizinha. Os problemas de Dilma não são, ainda, os adversários que, mesmo com maior exposição, não capturam os pontos que ela perde. As sombras que devem assustar o Planalto são a economia e o desgaste provocado pelas denúncias de irregularidades na Petrobras.

Os petistas costumam desdenhar das previsões pessimistas chamando de urubólogos os que alertam para a deterioração dos indicadores econômicos, mas é impossível não associar a queda na popularidade de Dilma a fatores ligados ao bolso do cidadão.

O primeiro problema é a inflação, que ameaça uma das principais conquistas do país, a estabilidade econômica. Ela voltou a recrudescer e não dá sinais de que venha a ceder nos próximos meses. Fosse apenas a pressão do preço dos alimentos, poderíamos estar diante de um fenômeno sazonal. Mas não: o aumento absurdo da tarifa de energia elétrica, que chega a 30% em alguns casos, vai espalhar reflexos em outros preços.

O reajuste da energia não só anula a redução concedida com estardalhaço no ano passado, como produz um rombo nas contas do consumidor. As empresas repassam o aumento do custo da produção e a pessoa física acaba sendo duplamente penalizada. E não é só isso: o risco de falta de energia é tão real que o governo planeja fazer uma campanha para que o consumidor economize. O objetivo é evitar o racionamento.

Mesmo que a culpa seja de São Pedro, que não mandou chuva suficiente para encher os reservatórios, qualquer problema de falta de energia derruba um dos discursos mais caros ao PT, o de que o apagão da época do governo Fernando Henrique Cardoso foi imprevidência e falta de gestão.

As preocupações na área política se concentram na Petrobras, com a retomada do debate sobre a criação da CPI depois da Páscoa. Em menos de dois meses, vem a Copa, com ameaças de protestos e até de greves.

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