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sábado, 1 de fevereiro de 2014

ORDEM DO PIRATINI É EVITAR CONFRONTO


ZERO HORA 01 de fevereiro de 2014 | N° 17691


PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA



Só quem não conhece o pensamento político do governador Tarso Genro pode achar que a decisão de não usar a Brigada Militar para desmanchar piquetes em frente às empresas de ônibus seja influenciada por suas divergências (notórias) com o prefeito José Fortunati. Tarso ignorou o pedido de Fortunati porque é contra o uso da força em manifestações de movimentos sociais, mesmo no caso de uma greve que deixou milhares de trabalhadores sem ônibus.

Tarso não se incomoda com as críticas de quem acha que a Brigada Militar deveria ter dispersado os piquetes e garantido a saída dos ônibus das garagens. Jamais ele correria o risco de colocar a BM em confronto com motoristas e cobradores de ônibus, havendo possibilidade de alguém sair ferido. A orientação dada desde o início da greve é de observar as manifestações em frente às garagens e só agir se for para garantir a segurança de motoristas e passageiros.

Ao dizer que a Brigada só agirá por determinação da Justiça, Tarso ignorou as cobranças de Fortunati, feitas pelo Twitter, e as críticas dos que o acusam de engessar a BM e de avalizar o descumprimento de uma ordem judicial. Jamais passou pela cabeça de alguém do governo aceitar a sugestão do prefeito de colocar brigadianos para dirigir ônibus no lugar dos grevistas.

A política adotada na greve dos ônibus é a mesma dos protestos de junho, criticada por quem não entendia a passividade dos policiais, enquanto os vândalos incendiavam lixeiras e depredavam bancos e lojas. No entendimento do governo, os prejuízos materiais são secundários. A ordem é fazer tudo o que for possível para preservar vidas. Nos protestos de junho, o grande medo de Tarso era de que tivesse um cadáver para carregar pelo resto da vida.

Entre ser criticado pelos adversários e perder apoio nos movimentos sociais, o Piratini prefere a primeira alternativa. O secretário da Segurança, Airton Michels, verbalizou o pensamento do governo: negociação de dissídio é problema dos rodoviários e das empresas. E o transporte tem de ser garantido pela negociação e não pelo cassetete.


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