VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

TRÊS SEMANAS SEM VOTAÇÃO

ZERO HORA 27 de novembro de 2013 | N° 17627


PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA


No dia em que a tragédia da boate Kiss completa 10 meses, a Assembleia poderia ter dado uma contribuição ao Estado, aprovando o projeto que estabelece novas regras de prevenção a incêndios. Mas não: pela terceira semana seguida, os deputados não deram quórum para votações. Houve acordo para inclusão do projeto na lista de votação, mas, antes dele, os parlamentares precisam votar outras propostas que trancam a pauta, são repudiadas pela oposição e não têm unanimidade nem na base do governo.

A oposição tem razão em reclamar do excesso de projetos encaminhados pelo governo às vésperas do recesso, com pedido de votação em regime de urgência, que não permite uma discussão aprofundada das matérias. O problema é que quando se abre o espaço para o debate, o que mais se vê são discursos histéricos, carentes de argumentos e contaminados pela disputa política.

Na sessão de ontem, apenas 24 deputados, todos aliados do governo, registraram presença. São necessários 28 para votar um projeto. Entre as propostas polêmicas, está a que assegura o repasse de R$ 30 milhões dos cofres estaduais para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), estatal criada para administrar os pedágios, e os que criam a Banrisul Corretora de Seguros e a Banrisul Administradora de Cartões de Crédito.

Bombardeados pela oposição, os projetos do Banrisul ganharam um apoio insuspeito: o ex-diretor Ricardo Hingel, que no governo de Yeda Crusius ajudou a montar o bem-sucedido IPO, que capitalizou o banco:

– Sou favorável ao que a atual direção está fazendo, pois estes novos negócios devem complementar a atuação do Banrisul e está em linha com o que a maior parte dos grandes bancos brasileiros possui.

Hingel lembra que operações como seguros e cartões são fundamentais para os bancos, que não podem viver apenas de operações de crédito.

– As equipes do banco que estão conduzindo este processo internamente estão entre os melhores profissionais do Banrisul e integram seu quadro, o que me dá mais certeza de que as questões estão sendo bem conduzidas – afirma Hingel.

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