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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

TEMPO DE TV E VERBA PÚBLICA VALORIZAM PARTIDOS POLÍTICOS E GARANTEM REMUNERAÇÕES E MORDOMIA A FAMÍLIAS


Tempo de TV e verba pública valorizam partidos políticos
Famílias estão à frente das siglas brasileiras, desfrutando de altas remunerações e mordomias

CHICO DE GOIS 
O GLOBO
Atualizado:26/09/13 - 8h48


BRASÍLIA — A tradição dos partidos políticos atuantes no Brasil tem sido abrigar famílias em seus comandos e, muitas vezes, recompensá-las muito bem por sua atuação política. Uma série de reportagens publicadas pelo GLOBO em junho deste ano apontou que mais de 150 parentes estão distribuídos na direção das 30 legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Há casos em que o mesmo clã domina a agremiação há mais de 20 anos.

Esses familiares atuam não apenas pela causa partidária, mas também por uma boa remuneração. A reportagem demonstrou que há dirigentes que chegam a receber aproximadamente R$ 20 mil mensais. Outros alugam imóveis para a agremiação que dirigem. E há ainda os que ganham mimos, como uso de carros de luxo que ficam totalmente à sua disposição.

O principal patrimônio das legendas, negociadas num mercado super valorizado, é o tempo de TV a que têm direito assim que são criadas. Quando passam a existir formalmente, elas também têm acesso a uma parte do Fundo Partidário — uma bolada estimada, neste ano, em mais de R$ 300 milhões. Isso sem contar as multas, que acrescem importante valor a essa cifra.

E para ter acesso a esses dois bens preciosos não é necessário nem ter um número mínimo de filiados. Basta existir oficialmente — como os recém-criados Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e Solidariedade. O jornal apontou vários casos de partidos que praticamente não têm militantes e, mesmo assim, são beneficiados anualmente com altas verbas. Dos 30 partidos que existiam, 24 têm representantes na Câmara.

Os que não têm eleitos também se dão bem. O PCO, por exemplo, nunca elegeu um deputado e tem 2.560 filiados em todo o país. Em 2012, recebeu R$ 629 mil do Fundo Partidário. O PEN, com apenas 247 militantes, recebeu, no ano passado, R$ 343 mil do Fundo. Em 2012, ano de eleições municipais, os partidos movimentaram R$ 1 bilhão em arrecadação, sem contar eventual caixa dois. Em ano de eleição para governador e presidente, esse valor é muito maior.

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