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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

LEILÃO DE CANDIDATOS


De olho em 2014, partidos fazem leilão de candidatos e apostam em novas filiações. Militantes de legendas conversam intensamente e assediam políticos para garantir troca-troca


FERNANDA KRAKOVICS , PAULO CELSO PEREIRA, ISABEL BRAGA E CHICO DE GÓIS 
O GLOBO
Atualizado:27/09/13 - 8h19


Luizianne Lins ao lado de Dilma Rousseff e Cid Gomes Roberto Stuckert Filho / PR


BRASÍLIA — A oito dias do prazo limite para a troca de partido, é intenso o leilão para a filiação de políticos que pretendem disputar as eleições do ano que vem. Em resumo: todo mundo está conversando com todo mundo. As ofertas vão de comando de diretórios regionais à garantia de vaga para a disputa eleitoral do ano que vem.

A disputa é acirrada, por exemplo, pelo passe da presidente do PT do Ceará, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, e ilustra a guerra travada nos bastidores entre petistas e o presidenciável do PSB, Eduardo Campos. Depois de conversar na quinta-feira com integrantes do PSB do Ceará, enviados por Campos, Luizianne tem encontro marcado com o presidente do PT, Rui Falcão, na segunda-feira, em São Paulo. Na capital paulista, ela também conversará com o deputado federal Márcio França (PSB-SP), um dos aliados mais próximos do presidente do PSB.

Desfiliado do PSB desde fevereiro, e depois de conversar com dirigentes do PR, PROS e outras legendas, o deputado federal Romário (RJ) anunciou sua volta ao PSB, assumiu o comando provisório do diretório do Rio de Janeiro e recebeu a garantia de que será o candidato à prefeitura da capital fluminense em 2016.

Com a saída do governador Cid Gomes (CE) do partido, os socialistas estão oferecendo a Luizianne o comando do partido no estado, além da vaga na disputa para o governo. A presidente Dilma Rousseff já teria oferecido, de acordo com pessoas próximas à ex-prefeita, assento nos conselhos administrativos da Petrobras e do BNDES, além de um cargo na Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República.

— Ela vai para o PSB se juntar ao (Jorge) Bornhausen, ao (Ronaldo) Caiado? Imagina uma foto dela na reunião da Executiva Nacional do PSB ao lado do Bornhausen? — disse um petista da cúpula nacional do partido, em referência a apoios e novos filiados do PSB.

No Congresso, também é intenso o vai e vem. Há parlamentares do baixo clero que já passaram por quatro partidos e ainda preparam as malas rumo às novas legendas recém-criadas em busca de espaço privilegiado nos estados. Dos 55 parlamentares que estão negociando a troca de partido, apenas 17 deles (32%) mantiveram-se fiéis a suas legendas até agora.

Entre os que já trocaram de legenda, o campeão é o suplente de deputado João Caldas (AL). Atualmente, ele está no PEN, mas já foi do PMDB, PMN, PL, PST, PTB, PL novamente e PEN. Ele foi um dos que trabalhou intensamente para a criação do Solidariedade, e transitou feliz na quarta-feira ao lado de Paulinho da Força. Seu atual partido, o PEN, tão rápido quanto subiu, cai. Criado em junho do ano passado com três deputados, vai ficar apenas com um representante, a deputada Nilmar Ruiz (TO), que é suplente.

Mudanças atingem velhos militantes

O fluminense Dr. Paulo Cesar já mudou quatro vezes de legenda: começou a vida no PSDB, migrou para o PTB, e elegeu-se deputado federal em 2010 pelo PR. Em 2011, resolveu apostar no recém-criado PSD. Agora, mudou de ideia e já volta ao PR a tempo de apoiar o ex-governador Anthony Garotinho nas eleições do próximo ano.

— Sou governo e o partido se mantém na posição de independência. O PSD tinha uma perspectiva boa, fiquei satisfeito, nasceu grande, mas após dois anos vem me incomodando a posição de independência. Eu sou Dilma — justificou.

Antíteses perfeitas de Caldas e Paulo César, Domingos Dutra (PT), Augusto Carvalho (PPS) e Benjamim Maranhão (PMDB) estão em suas legendas desde a década de 1980. No entanto, a falta de espaço ou divergências regionais devem levá-los ao pecado pré-eleitoral.

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