VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 25 de agosto de 2013

CORRIDA PARA CRIAR O PARTIDO DA MARINA

ZERO HORA 25 de agosto de 2013 | N° 17533

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA

Corrida de obstáculos para Marina

Será uma injustiça histórica se a Rede Sustentabilidade não conseguir seu registro como partido político a tempo de disputar a eleição de 2014. Siglas sem nenhuma expressão conseguiram se cadastrar na Justiça Eleitoral sem enfrentar metade das agruras que a ex-senadora Marina Silva está enfrentando para validar as 650 mil assinaturas de apoio colhidas nos últimos meses.

O partido conseguiu registrar seu primeiro diretório no Rio Grande do Sul na quinta-feira, mas tem de enfrentar uma corrida de obstáculos para garantir existência legal em mais oito Estados e assim ganhar a certidão de nascimento até o início de outubro.

A demora no registro da Rede não prejudica apenas a candidatura de Marina à Presidência. Atrapalha os parlamentares que querem aderir ao novo partido sem correr o risco de perder o mandato. É o caso de Cassiá Carpes, que há muito decidiu sair do PTB. Se a Rede não vingar, Cassiá assinará ficha no PP e lutará na Justiça para não perder a cadeira. Nos últimos dois anos, foram criados três novos partidos – PSD, PPL e PEN – e está para nascer a qualquer momento o Partido da Solidariedade, liderado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força.

Quando Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, criou o PSD, não enfrentou tantas dificuldades. Houve contestações à validade de assinaturas e de acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV na eleição de 2012, mas no fim o partido ganhou na Justiça o direito ao tratamento que os outros têm. Com 47 deputados federais conquistados na largada, virou parceiro disputado na eleição de 2012 e assim será em 2014.

O PSD não é o melhor exemplo de disparidade para entender as dificuldades de Marina: o 30º partido a conquistar registro definitivo no Brasil, o Partido Ecológico Nacional (PEN) contabiliza somente 247 filiados – sim, todos cabem dentro de um avião de médio porte – e tem 17 segundos para negociar com quem quiser seu apoio na próxima eleição. Em 2012, o PEN recebeu R$ 343,3 mil do fundo partidário. Dividindo-se esse valor pelo número de filiados, tem-se incríveis R$ 1.389,89 por cabeça. O PMDB, com 2.231.476 filiados, recebeu R$ 44,4 milhões, o que dá R$ 19,91 por filiado. Uma parte do fundo partidário é distribuída igualmente a todos os partidos com registro no TSE e outra de acordo com o número de deputados federais.

Confira a relação entre número de filiados e valor recebido do fundo partidário em 2012 em www.zerohora.com/blogdarosane.

R$ 350 milhões foi o que os 30 partidos registrados no TSE receberam do fundo partidário em 2012. Com 2.231.476 filiados, o PMDB recebeu R$ 44,4 milhões.

Com apenas 247 filiados, o Partido Ecológico Nacional (PEN) recebeu o equivalente a R$ 1.389,89 por filiado.

R$ 52,9 milhões foi o que o PT recebeu em 2012, por ter o maior número de deputados federais, o que equivale a R$ 35,76 por filiado. O PT tem 1.481.154 filiados.

Nenhum comentário: