VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

UM ATIRADOR DE ELITE

JORNAL DO COMERCIO 06/06/2013

Joaquim Barbosa: um atirador de elite

Carlos Fogaça



Se o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), não estivesse enveredado para a área do Direito, com certeza seria um exímio atirador, pois tem demonstrado precisão nos “tiros” que dá, ou seja, nas afirmações que profere. Ao analisar o sistema presidencialista, a divisão entre os poderes e o modelo eleitoral, fez severas críticas ao sistema político brasileiro. Ao analisar os partidos políticos, o presidente do STF disse: “Temos partidos ‘de mentirinha’. Nós não nos identificamos com partidos que nos representam no Congresso. Tampouco esses partidos e seus lideres têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder”. Acertou na mosca. Também afirmou: “O Congresso é inteiramente dominado pelo Poder Executivo. As maiorias, as lideranças do Executivo que opera, fazem com que a deliberação prioritária do Congresso Nacional seja sobre matérias do interesse do Executivo”.

Ocorreram reações no Poder Legislativo, como no caso do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, alegando que “a declaração foi desrespeitosa e que não contribui para a harmonia constitucional”. Outro que contestou foi o senador Jorge Viana (PT-AC) que disse: “Acho que essas declarações não ajudam o País a ficar melhor e também não ajudam o fortalecimento das instituições”. As duas contestações, como se vê, são de palavras evasivas que fogem do mérito da afirmação do ministro, servindo como subterfúgio para escapar da discussão do tema. No entanto, o senador José Agripino (DEM-RN), contrariando seus pares, entendeu o recado e reagiu: “Houve uma opinião. Fere-nos? Claro que nos fere. Agora é uma opinião que tem que ser considerada e tem que ser avaliada”. O que causa indignação e que merece profunda avaliação da sociedade é a estratégia dos deputados e senadores que pretendem deixar a poeira baixar e evitar transformar o episódio em mais um embate entre os dois Poderes.

Advogado

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