VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

COM SALÁRIOS DE R$ 26 MIL, APENAS 5% DOS "REPRESENTANTE DO POVO" APARECEM NO CONGRESSO


Após feriado, apenas 5% dos parlamentares comparecem ao Congresso. Sessões não deliberativas têm presença facultativa, e não descontam na folha salarial dos deputados e senadores. Eles ganham hoje mais de R$ 26 mil

O GLOBO
Atualizado:3/05/13 - 9h19


Senador Pedro Simon (PMDB-RS) discursa para plenário vazio Agência O Globo


RIO — Um dia depois do Dia do Trabalho, deputados e senadores resolveram esticar um pouco mais a folga do feriado. Nesta quinta-feira, a Câmara dos Deputados contou com apenas 23 dos 513 parlamentares. O número equivale a 4,5% do total de deputados federais do país. No Senado, foram cinco dos 81 senadores, ou seja, aproximadamente 6%.

O pequeno quorum no Congresso Nacional também pode ser explicado por causa das sessões não deliberativas (destinada a debates). Nesse caso, a presença dos parlamentares não é obrigatória, sendo assim, não há desconto na folha salarial. Deputados e senadores recebem hoje R$ 26.723,13. Em 2010, eles tiveram a remuneração equiparada às recebidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, presidente e vice-presidente da República e ministros de Estado.

Um dos poucos presentes no plenário do Senado, Pedro Simon (RS) reclamou da prática adotada pelos parlamentares. Ele disse que tem um projeto de lei de sua autoria que acaba com as sessões não deliberativas.

— Eu tenho um projeto de lei, que já foi apresentado quatro vezes, que tenta acabar com as sessões não deliberativas. A ideia é nos reunirmos sempre na última semana do mês, e definirmos o que será colocado em pauta no mês seguinte. Assim, ficaríamos direto no Congresso e votaríamos tudo de uma vez. Quando acabássemos, poderíamos ficar direto no nosso estado. Mas, infelizmente, isso não é conveniente, e nunca foi aprovado.

Já Cristovam Buarque tem uma opinião diferente:

— Eu entendo perfeitamente o motivo dos outros senadores não estarem aqui hoje. Supõe-se que eles estejam trabalhando em suas bases eleitorais, nos seus estados de origem. O senador não trabalha somente no plenário, trabalha na rua também. E, com certeza, eles aproveitaram o feriado para isso — afirmou ele, um dos cinco presentes na sessão desta quinta-feira (PDT).

O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) também não foi ao Congresso Nacional, mas disse que estava trabalhando em seu escritório no Rio de Janeiro em um projeto de lei, que será apresentado na próxima semana. Mesmo assim, o político criticou o baixo número de parlamentares no plenário nesta quinta-feira.

— Eu já reclamei mais de uma vez sobre essa prática. Esse fato só mancha a imagem da Câmara — opinou Miro Teixeira.

Apesar do pequeno número de políticos no Congresso Nacional, assuntos como a destinação integral dos royalties do petróleo para a educação foram debatidos diante do plenário quase vazio. O tema foi assunto na noite da quarta-feira durante o discurso da presidente Dilma Rousseff em rede nacional, no Dia do Trabalho.

Confira a lista dos senadores que foram trabalhar nesta quinta-feira:

Morazildo Cavalcanti (PR-RR)

Pedro Simon (PMDB-RS)

Cristovão Buarque (PDT-DF)

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)

Roberto Requião (PMDB-PR)

Lista dos deputados:

Sebastian Bala Rocha (PDT-AP)

Átila Lins (PSD-AM)

Marcos Rogério (PDT-RO)

Hugo Napoleão (PSD-PI)

Paes Landim (PTB-PI)

Hugo Motta (PMDB-PB)

Luiz Couto (PT-PB)

Augusto Coutinho (DEM-PE)

Luciana Santos (PCdoB-PE)

Arthur Lira (PP-AL)

Amauri Teixeira (PT-BA)

Colbert Martin (PMDB-BA)

José Saraiva Felipe (PMDB-MG)

Adrian (PMDB-RJ)

Arlindo Chinaglia (PT-SP)

Ricardo Berzoini (PT-SP)

Salvador Zimbaldi (PDT-SP)

Érika Kokay (PT-DF)

Izalci (PSDB-DF)

Reguffe (PDT-DF)

Armando Virgílio (PSD-GO)

Edinho Bez (PMDB-SC)

Osmar Terra (PMDB-RS)

Paulo Pimenta (PT-RS)

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