VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CAMPANHA PRECOCE

ZERO HORA 22 de fevereiro de 2013





Com mais de um ano de antecedência, está deflagrada a campanha eleitoral para a presidência da República. O episódio detonador foi a celebração de aniversário do Partido dos Trabalhadores, que também comemorou uma década da agremiação no comando do país. Antes mesmo que as lideranças petistas aproveitassem o palco festivo para lançar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, o senador Aécio Neves, líder do principal partido de oposição no Senado (PSDB) e potencial candidato à presidência da República, fez um pronunciamento com críticas veementes à atual administração. A militância é inerente aos políticos, mas não é boa para o país tamanha antecipação da disputa eleitoral. Questões fundamentais para o desenvolvimento tendem a ficar em segundo plano quando parlamentares e dirigentes executivos centram seus interesses na busca permanente pelo poder.

Razões não faltam para que políticos, tanto da situação quanto da oposição, se voltem hoje mais para prioridades imediatas do país e menos para disputas que só deveriam estar na pauta em 2014, quando os eleitores voltam às urnas. Em pleno mês de fevereiro, o governo federal ainda não dispõe sequer de orçamento, cuja votação no Congresso depende de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Diante da persistência da crise no plano internacional e da dificuldade de o país retomar o crescimento da atividade econômica, integrantes de partidos da base de apoio ao governo que pretendem ver reeleito e da oposição, que procura ocupar espaço numa tentativa legítima de retomar o poder, deveriam estar mais preocupados em buscar saídas conjuntas. O melhor para o país e para quem almeja assumir seu comando a partir de 2015 seria uma economia em expansão, capaz de gerar emprego e riqueza, cujos pressupostos dependem em boa parte do comprometimento dos políticos.

Desde a derrota da inflação, o país avançou em várias frentes, implantando mudanças importantes que hoje são reconhecidas acima de divergências político-partidárias pontuais. Entre os ganhos inegociáveis, estão a própria estabilidade e algumas de suas precondições, como a responsabilidade fiscal e uma preocupação crescente com a transparência, cujo objetivo é facilitar o trabalho de fiscalização direta dos atos de governo exercida pela sociedade. O que políticos de diferentes partidos estão devendo para a nação é uma maior disposição para enfrentar reformas que podem provocar algum tipo de desgaste mas precisam sair do papel para garantir um desenvolvimento sustentável ao país e o aperfeiçoamento de sua democracia. As reformas são as continuamente proteladas, como a tributária e a previdenciária, além da política, que os parlamentares, por ampla maioria, têm impedido de ir além.

A democracia brasileira já arca com o custo elevado de realizar eleições a cada dois anos. Por isso, não tem a ganhar com a antecipação de campanhas como as presidenciais, o que só contribui para manter o país num clima de disputa eleitoral permanente.

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