VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A DUPLA

Suspeitas não impediram a eleição do deputado

ZERO HORA 05 de fevereiro de 2013 | N° 17334

TUDO PARA O PMDB

Henrique Alves faz dupla com Renan no Congresso. Deputado foi eleito presidente da Câmara com 271 votos, ampliando força do partido na gestão Dilma


Assim como ocorrera no Senado, onde Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente da Casa com relativa facilidade, na Câmara outro peemedebista reforçou a ideia de que o partido vai dar as cartas no Legislativo em 2013 e 2014: Henrique Eduardo Alves (RN) recebeu 271 votos e foi conduzido à presidência do parlamento. As coincidências que envolvem Renan e Henrique Alves, porém, vão além do partido e do fato de terem chegado ao topo nas duas Casas. Ambos são alvos de suspeitas que podem levá-los ao banco dos réus.

Indiferente à pressão popular que rejeita a ascensão de duas personalidades com ficha duvidosa, o PMDB amealhará ainda mais poder onde realmente importa: no Planalto e na Esplanada. Aliado voraz por cargos, o partido deve ampliar seu espaço no governo Dilma Rousseff. Com o Senado e a Câmara, nenhum projeto de Dilma poderá ir a votação sem a chancela do PMDB. Uma minirreforma, para acolher mais peemedebistas no primeiro escalão da presidente, não pode ser descartada.

A força de Henrique Alves já se fazia sentir na Câmara desde o governo Lula: ele está na Casa por 11 mandatos consecutivos. Convive no plenário há 42 anos. Uma das denúncias que pesam contra ele é por suposto favorecimento à empresa de engenharia de um de seus assessores. Como os eleitores eram os próprios 513 deputados, folhetos apócrifos contra Henrique Alves circularam pelos gabinetes.

No discurso vitorioso, porém, o potiguar disse “perdoar” seus detratores.

– São coisas menores – disse.

A exemplo do que fizera Renan, Henrique Alves pregou “independência do Legislativo”. Rose de Freitas (PMDB-ES), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ), os adversários, tentaram apresentar-se como representantes da “mudança”. Delgado, firmou que “é preciso acabar com as práticas que envergonham o parlamento” – mas ele próprio, que recebeu 165 votos, foi alvo de denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por crime eleitoral. O procurador afirma que o site de campanha do então candidato à reeleição para a Câmara veiculava propaganda no dia da votação. A prática é proibida por lei.

Ao lado de Henrique Alves, ocuparão cargos na direção da Câmara outros dois deputados sob a mira da Justiça.




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