VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

RIO GRANDE DO SIM

ZERO HORA 01 de novembro de 2012 | N° 17240

EDITORIAIS


Dois movimentos relevantes merecem o reconhecimento e a adesão dos gaúchos, para que sejam consequentes e tenham efeitos duradouros e transformadores. O primeiro é o que propõe, por iniciativa da ADVB-RS, sob o slogan Rio Grande do Sim, o encaminhamento de ações concretas de busca de consensos, para que o entendimento se sobreponha aos conflitos que se repetem e conspiram contra ideias, projetos e obras públicas ou privadas.

O segundo foi a recepção apaziguadora do governador Tarso Genro ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, depois de atritos entre o Estado e o governo federal, por conta de desencontros provocados muito mais por deficiências pontuais de comunicação do que por desavenças insanáveis. Os dois movimentos são complementares. A campanha da ADVB, que somente terá sentido se tiver a cumplicidade de todos os gaúchos, é saudavelmente pretensiosa na proposta de mobilizar o Estado a partir de virtudes muitas vezes encobertas por embates infindáveis.

São qualidades sempre exaltadas, mas subaproveitadas. O Rio Grande tem marcas mundiais, constrói sua reputação, reconhecida no país e no Exterior, pela ousadia, pela inovação e pelo vigor da sua economia, forma líderes em todas as áreas e mantém uma representatividade política forjada em acontecimentos históricos. Nem sempre, no entanto, os esforços convergem na mesma direção.

Admita-se, para que não se continue negando os fatores envolvidos nesse comportamento, que a glamorização de um passado de enfrentamentos, com forte apelo do belicismo, contribuiu para a manutenção da cultura da discordância, da afronta, do debate como um fim em si mesmo. Foi assim que o Estado desperdiçou talentos, vocações e oportunidades, enquanto via, nas últimas décadas, sua condição de protagonista se fragilizar. Mas a imagem de um Rio Grande forte somente será percebida no Brasil e no Exterior se for construída internamente com ações substantivas. Sem o aniquilamento da diversidade de ideias e do direito à discordância, mas com a prevalência do bom senso e do interesse coletivo.

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