VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 3 de novembro de 2012

O BALDE DE CARANGUEJOS DO RS

ZERO HORA 03 de novembro de 2012 | N° 17242. ARTIGOS

Sergio Araujo*

Triste coincidência. Justamente no dia em que a ADVB-RS divulgou o programa Rio Grande do Sim, objetivando a transformação da mentalidade extremamente oposicionista reinante no Estado, que confunde interesse de governo com o de Estado, o TCU diz não à continuidade de duas obras importantíssimas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul: a Rodovia do Parque (BR-448) e a duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas.

É óbvio que não estou criticando a medida acauteladora e recomendável do TCU, que detectou problemas no custeio das obras, mas chamando a atenção para a lamentável coincidência e louvando a necessária e oportuna iniciativa da ADVB-RS.

Lamentável porque é inadmissível que obras da importância das citadas não tenham recebido o controle recomendável por quem gere dinheiro público. Em meio a um clamor popular pelo fim da corrupção e de uma permanente fiscalização da imprensa, a atitude do TCU dá um banho de água fria no otimismo de quem acredita que as coisas estão mudando para melhor na gestão da coisa pública.

E louvável, no caso da campanha, porque já está mais do que na hora de deixarmos de lado a prática da oposição pela oposição. Do não fui eu que fiz então não pode dar certo. De vibrar com o fracasso dos outros. Essa política do “balde de caranguejos”, onde quem está em cima é puxado por quem está embaixo, é a grande responsável pela lenta realização das obras de infraestrutura tão necessárias ao desenvolvimento do Estado. A sua grande maioria quando realizada, de tão tardia, não provoca mais os efeitos esperados. Ou seja, nascem defasadas, o que resulta na necessidade de novas obras ou a realização de obras complementares, como o aumento da capacidade do fluxo de veículos, no caso das rodovias.

Que o programa Rio Grande do Sim consiga sensibilizar nossas autoridades, nossos políticos, enfim, toda a sociedade gaúcha, de que a melhor maneira de crescer é somar e multiplicar e não subtrair e dividir. Se for para nos mantermos dentro do balde, que nossos “braços” sirvam de apoio para quem quer subir e não de “garras” para derrubar nosso crescimento.

E o primeiro exemplo prático dessa nova mentalidade pode ser dado no esforço coletivo para a desobstrução dos problemas que impedem a continuidade das obras das BRs 448 e 116.

Está mais do que na hora de o Rio Grande dar as mãos e dizer sim ao progresso.

*JORNALISTA E PUBLICITÁRIO

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