VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

INTERESSE POR POLÍTICA

ZERO HORA 26 de setembro de 2012 | N° 17204

EDITORIAL


Recente pesquisa com os eleitores de Porto Alegre revela não apenas o elevado grau de politização dos porto-alegrenses, mas também a visão clara de que a democracia é sempre preferível à ditadura. A amostragem, realizada pelo Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais, reafirma virtudes dos moradores da Capital, que podem ser percebidas, com algumas variações, em todas as regiões do Rio Grande do Sul. Apesar da sempre propalada indiferença com a política, os habitantes de Porto Alegre preservam a confiança nas instituições, na democracia e, para surpresa de muitos, também nos partidos.

Mesmo que os responsáveis pela pesquisa alertem para a impossibilidade de comparações com outras capitais brasileiras, os números revelam um dado a ser comemorado: o interesse pela política segue padrões de democracias consolidadas. Ressalte-se que, em tempos de calmaria econômica e política, como se constata atualmente no Brasil, reduz-se a percepção de que os partidos e a democracia são relevantes, como observa o cientista político Benedito Tadeu César. Não é o que chega a acontecer em Porto Alegre, o que deve ser saudado como sinal de maturidade e de cidadania.

Uma conclusão que poderia ser inquietante, por revelar parcela de 20,6% de pesquisados que admitem conviver com regimes ditatoriais, deve ser entendida também na sua subjetividade. Boa parte desses são jovens que não têm como confrontar democracia e ditadura, como ocorreu com as gerações que os antecederam. Nasceram e cresceram em ambiente sem restrições e exercitam suas liberdades não só quando escolhem partidos e candidatos, mas quando se expressam politicamente por outros meios, como a internet. No seu conjunto, a pesquisa traz, portanto, boas notícias.

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