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sábado, 7 de julho de 2012

A ESCOLHA DO CANDIDATO CERTO

ZERO HORA 07 de julho de 2012 | N° 17123. ARTIGOS

Ricardo de Barros Petersen, Consultor e Associado do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) 


Em tempos de eleição, nos questionamos a respeito do que deve ser considerado na escolha entre os tantos que se candidatam a cargos públicos. Nessa linha, o conhecimento gerencial se apresenta como fundamental e deve estar na lista de critérios de todos que votam com consciência.

Regularmente, afirmam os governantes que seus mandatos foram os melhores por terem sido construídas tantas escolas, delegacias, hospitais ou contratados tantos professores, policiais, médicos. Muitos inclusive fundamentam suas campanhas nesses números. No entanto, é de se questionar, tais ampliações de estrutura realmente importam, por si só, na melhora dos serviços públicos?

Os princípios de gestão demonstram que ampliações de estrutura são meros meios para se atingir um fim. Escolas, por exemplo, são apenas um dos meios para alcançar o fim de educar a população. A simples ampliação da estrutura não significa, portanto, que se tenha concretizado o fim almejado.

Nessa perspectiva, o sucesso dos governantes deve ser avaliado por indicadores que reflitam os fins. Índices como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que representam a efetiva melhora dos serviços públicos prestados. Um governante pode muito bem dobrar o número de escolas e isto não se refletir na melhora do nível de educação das pessoas. Portanto, ao avaliar os candidatos, devemos nos perguntar: eles relatam seus feitos e futuras promessas baseados em verdadeiros resultados ou em meros meios?

Os governantes estão sempre criando e relatando “novos programas” (meios): os uniformes para todas as crianças de escolas públicas, a reforma das mesas e cadeiras das escolas, o novo lanche ecos- saudável, o currículo obrigatório de novas disciplinas, e outros. Mas, afinal, quanto essas ações elevaram o nível de educação das pessoas? Em quanto aumentou o Ideb? São essas respostas, correspondentes aos verdadeiros resultados, que devem justificar nossos votos.

Bons gestores, primeiramente, enfocam os fins, com o intuito de compreender a verdadeira magnitude dos problemas, para, somente depois, atuar no desenvolvimento dos meios aptos à sua solução. Ao ouvirmos os candidatos na eleição deste ano, devemos pensar, conforme já se afirmou, “dos fins para os meios”: os recursos investidos são nossos e poderíamos os estar utilizando muito bem; portanto, devemos cobrar resultados condizentes com o sacrifício que nos é imposto.

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