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sábado, 2 de junho de 2012

UMA CONSULTA DE R$ 7,4 MILHÕES

 
ZERO HORA 02 de junho de 2012 | N° 17088

PÁGINA 10 | CARLOS ROLLSING (INTERINO)

 

 A página 44 do Diário Oficial do Estado de ontem revela que o consórcio Dynatest-SD venceu a licitação para prestar serviços de consultoria ao Daer, com o objetivo de projetar o final do programa estadual de concessões de rodovias, em 2013.

Para desenhar novos modelos de pedágio, inventariar o patrimônio rodoviário gaúcho, aferir o fluxo de carros em estradas e apurar a existência e o volume da dívida do Estado com as atuais concessionárias, entre outras tarefas previstas no edital, a empresa vencedora da licitação – única a se credenciar na concorrência – cobra do Piratini o montante de R$ 7,4 milhões.

As elevadas cifras se tornam migalhas diante da miríade de polêmicas que envolve a contratação da consultoria. Uma medida cautelar do conselheiro Iradir Pietroski, do Tribunal de Contas, chegou a suspender o edital de licitação. No despacho, ele afirmou que não havia necessidade de gastar milhões para receber de uma empresa privada informações que já estão à disposição do Estado junto a orgãos como TCE, Agergs e Daer. A cautelar de Pietroski acabou derrubada, mas o próprio Piratini titubeou. No início, apresentou a contratação da consultoria como solução, depois, desistiu da licitação e encaminhou negócio com a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), de propriedade de bancos privados e públicos, projetando até mesmo a dispensa de concorrência.

No início desta semana, nova reviravolta: a opção pela EBP perdeu força e a consultoria voltou a ser a prioridade. O episódio causou divergências entre os secretários Carlos Pestana, da Casa Civil, Beto Albuquerque, da Infraestrutura, e João Victor Domingues, da Assessoria Superior do Governador. Como cada um anunciava um rumo diferente, o governador Tarso Genro chamou-os para uma conversa de enquadramento.

O fato de o consórcio Dynatest-SD ter vencido a licitação não é sinônimo de contratação, apesar de integrantes do núcleo do Piratini garantirem que esse é o caminho escolhido por Tarso. O governo tem prazo até o final de junho para assinar o contrato. Formado por uma empresa paulista, a Dynatest, e outra gaúcha, a SD, o consórcio recebeu nota 91,55 no processo de avaliação. Isso significa que ele foi considerado plenamente apto para prestar um serviço de qualidade em termos técnicos e estruturais.

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