VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

PLANALTO CONTRA AUMENTO DE GASTOS DA CÂMARA

Planalto corre para deter gastos na Câmara
Contra manobra de Marco Maia, ministros tentam segurar leis que agravem economia

DENISE MADUEÑO, EDUARDO BRESCIANI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo 28 de junho de 2012 | 3h 02

Com a pauta de votações da Câmara dos Deputados recheada de projetos com potencial negativo para as contas públicas, o governo federal escalou ministros, em caráter emergencial, para tentar convencer seus aliados a não aprovar as propostas e anular o impacto da lista elaborada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), com o aval dos líderes partidários.

Os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foram à Câmara apelar aos líderes para que não votassem o projeto que reduz de 42 para 30 horas semanais a jornada de trabalho de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. A proposta resultou em confronto entre Maia e o Palácio do Planalto durante todo o dia. O governo, com a ajuda do PT, precisou usar de manobras regimentais para impedir a aprovação do projeto.

Na versão dos interlocutores do governo, Marco Maia não deveria ter incluído o projeto na pauta em tempos de crise econômica.

"A posição é muito clara de não votar matéria que tenha grande impacto por causa da crise, que tudo leva a crer que será longa", afirmou Ideli, ao deixar a reunião com os líderes. "O problema desse projeto é que tem impacto nas contas federais, na dos municípios, dos Estados, da iniciativa privada e das entidades filantrópicas", completou.

Coordenador da bancada da Saúde na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) divulgou estudo que prevê impacto de R$ 7,2 bilhões ao ano com a aprovação do projeto, porque seria necessário contratar mais 30% de profissionais para manter o mesmo serviço prestado atualmente.

Debate. Marco Maia ignorou a pressão do governo, manteve o projeto na pauta e se defendeu, afirmando que consultou o ministro da Saúde sobre a oportunidade de votar o projeto. "O ministro Padilha esteve comigo em Canoas (RS) no último sábado e me disse que não tinha problemas porque o impacto nas contas do governo federal seria muito pequeno", relatou.

Ele evitou críticas ao governo. "Pautei o que foi pedido por todos os líderes partidários", afirmou. "É legítimo que o governo tenha opinião e posição sobre os projetos. Faz parte do processo democrático", disse, ressaltando que exerce o papel de incentivar o debate para a votação das matérias. "Não tem nada de bomba, são projetos bons para o País."

Previdência. Enquanto barrava a votação no plenário, o governo apagava incêndio no Ministério da Fazenda por causa de outro projeto incluído na lista de Maia: o que acaba com o fator previdenciário no cálculo do valor das aposentadorias ligadas ao INSS.

Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Garibaldi Alves Filho (Previdência) e os secretários executivos dos ministérios reuniram-se com os líderes aliados em uma rodada de negociação. Conseguiram adiar a votação, prevista para a semana que vem. Até o dia 10 de julho um grupo vai tentar fechar um acordo em torno do tema.

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