VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CPIs DE ALTÍSIMA VOLTAGEM

BEATRIZ FAGUNDES, O SUL, Porto Alegre, Quarta-feira, 23 de Maio de 2012.


O macabro é assistir as cenas de "cara de surpresa de parlamentares".

A namorada do Carlinhos Cachoeira "encantou" deputados e senadores, segundo diversos sites. Loura, olhos claros, corpinho violão e um certo ar de ingenuidade. Não demorou muito para que Andressa Mendonça, mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, produzisse nos parlamentares o mesmo ar apatetado de qualquer homem diante de uma "mulher bonita". Dizem os defensores que essa é uma condição inafastável da espécie humana em sua lamentável condição de "machos". Quanto mais idosos, mais novas deverão ser suas parceiras. Por razões óbvias. Dispensa comentários.

Porém, o suposto mal está provocado pelo "silêncio" do principal ator da comédia, denominada CPI do Cachoeira nem no mais histriônico ato de delírio pode produzir "surpresa" aos integrantes da tal CPI, ou a qualquer outra pessoa com dois neurônios funcionando. A cena apenas foi repetida já que os mais atentos não esquecem depoentes, não apenas em silêncio, mas já protegidos por habeas corpus, digamos assim, preventivos em CPIs de altíssima voltagem.

O macabro é assistir as cenas de "cara de surpresa de parlamentares". Carlinhos Cachoeira utilizou a velha fórmula dos covardes: manteve o silêncio. Oscar Wilde, escritor irlandês, foi definitivo ao afirmar para a posteridade: "Cínico é aquele que sabe o preço de tudo. Na verdade, não sabe o valor de nada". Carlinhos Cachoeira deu ao Congresso Nacional apenas o que possui, ou seja, o "silêncio dos covardes". Seria oportuno que pelo menos a claque não insistisse em manter o papo segundo o qual a vantagem do vilão é poder contratar um "bom advogado". Não!

O real é uma interpretação no mínimo curiosa do Supremo Tribunal Federal sobre o difuso direito de "permanecer calado para não produzir provas contra si mesmo", ou de parte da imprensa que defende isso como parte da liberdade "conquistada com suor e sangue" pelos militantes da "abertura". Vivemos em tempos de lassidão moral. O Estado e as pessoas podem ser "usados" de forma, e por tempo indeterminado, sem que ninguém se sinta responsável por isso!

Nenhum comentário: