VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 23 de março de 2012

A ÉTICA DOS GLUTÕES


KLÉCIO SANTOS | EDITOR-CHEFE DA SUCURSAL DE BRASÍLIA, ZERO HORA, 23/03/2012


Em 15 meses de governo, a nova inquilina do Planalto tenta impor seu ritmo com um novo jeito de governar. Sem concessões, o que é louvável. Mas também sem diálogo com o Legislativo. Se por um lado Dilma Rousseff ganha respeito de setores da sociedade antes refratários ao PT, por outro esgarçou as relações com os aliados. A saída do PR da base governista elevou a temperatura no Congresso. Na opinião de figurões do PT, o retorno da sigla à Esplanada mesmo que não seja no Ministério dos Transportes seria o primeiro caminho para pacificar a base antes de pavimentar as relações com o PMDB, o maior glutão do país.

O boicote do Congresso às ações do governo é só um sinal de que as relações tendem a piorar se Dilma insistir nessa queda de braço. Dilma nunca escondeu a impaciência com o jogo político. Ainda pré-candidata à Presidência, no início de 2010, recebeu de presente um bambolê do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Era um recado inequívoco de que precisaria de jogo de cintura para exercer o poder. Dilma aceitou o regalo, venceu a eleição, mas jamais cogitou usá-lo. Talvez esteja na hora. Questões importantes que precisam ir a voto estão sendo adiadas e a atual crise pode paralisar o país.

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