VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

QUANTO SEU DEPUTADO GASTOU EM 2011


MANDATO EM NÚMEROS - FÁBIO SCHAFFNER | BRASÍLIA, ZERO HORA 12/02/2012

Na semana em que a Câmara retomou as votações, Zero Hora apresenta um painel da atuação da bancada gaúcha em 2011, primeiro ano da atual legislatura. Juntos, os 32 titulares e suplentes que exerceram mandato no ano passado apresentaram 141 projetos, fizeram mais de 1,5 mil discursos e, em média, estiveram presentes em 80% das sessões.

No cumprimento do mandato, eles gastaram R$ 8,7 milhões da verba para exercício da atividade parlamentar. O maior dispêndio dos gaúchos foi com deslocamentos. Foram R$ 3,4 milhões gastos em viagens, incluindo a compra de passagens aéreas, combustível e a locação de veículos. Somente com locadoras de automóveis, os deputados consumiram R$ 1,3 milhão – valor suficiente para comprar 53 carros populares zero quilômetro.

Outra despesa superlativa se deu na manutenção dos gabinetes e de escritórios no Estado. No total, eles utilizaram R$ 3,1 milhões para cobrir aluguel, telefone, correspondências e assinatura de publicações, além de hospedagem e alimentação dos deputados.

Pedetista teve maior despesa de gabinete

Individualmente, Cherini foi quem mais gastou para manter o gabinete: R$ 155 mil. A menor despesa nesse quesito, de R$ 10,4 mil, foi de Eliseu Padilha (PMDB). O deputado, porém, só cumpriu quatro meses de mandato, pois assumiu o cargo em agosto com a ida do titular da vaga, Mendes Ribeiro, para o Ministério da Agricultura.

– Os meus 112 mil eleitores sabem que eu trabalho muito. E quem trabalha acaba gastando – afirma Cherini.

Entre todas as prestações de contas apresentadas pelos parlamentares e divulgadas no site da Câmara, a contratação de consultorias foi a de menor valor. Juntos, os gaúchos usaram R$ 855 mil nesse serviço. Alguns nem chegaram a utilizar consultorias, como Danrlei (PSD), José Otávio Germano (PP) e Vieira da Cunha (PDT).

Curiosidades

- Com 39 faltas, todas justificadas, Sérgio Moraes (PTB) foi o mais ausente. Segundo ele, as faltas foram motivadas por reuniões no Estado com fumicultores sobre a legislação que torna mais rígidas as normas para produção de fumo: – Optei por trabalhar na minha região. Na Câmara, a gente fica 24 horas por dia fazendo discursos e não produz nada.

- O mais assíduo foi José Stédile (PSB). Debutante na Câmara, ele faltou a apenas uma das 107 sessões deliberativas, mas justificou a ausência. A ZH, o deputado disse que na ocasião já havia retornado de um compromisso e estava na Câmara, mas acabou se esquecendo de registrar presença.

- Outros dois deputados de primeiro mandato, Assis Melo (PC do B) e Giovani Cherini (PDT), foram os campeões na apresentação de projetos. O comunista protocolou 19 iniciativas e, Cherini, 17. Ex-metalúrgico, Melo priorizou a concessão de benefícios aos trabalhadores, como por exemplo uma proposta que isenta os funcionários de participação no custo do vale-transporte.

- José Stédile foi o gaúcho que mais gastou com divulgação do próprio mandato: R$ 135 mil. Sozinho, o parlamentar foi responsável por mais de 10% das despesas com propaganda de toda a bancada, cujo total alcançou R$ 1,2 milhão em 2011: – Fiz uma prestação de contas, não só do meu mandato, mas também dos trabalhos do Congresso. Mandei correspondência sobre as discussões da Casa envolvendo categorias que defendo, como vigilantes, enfermeiros e bibliotecários.

- Quatro deputados não apresentaram projetos em 2011: Fernando Marroni, Henrique Fontana e Marco Maia, todos do PT, e Vilson Covatti (PP). Maia, contudo, é proibido pelo regimento interno de apresentar propostas enquanto estiver na presidência. Como relator da reforma política, Fontana esteve envolvido nas negociações do tema. A comissão, porém, terminou o ano sem votar o texto. Já Marroni e Covatti disseram ter priorizado a aprovação de projetos antigos e assuntos que monopolizaram os debates na Casa.

– Estive empenhado na aprovação do Código Florestal e do Supersimples. Às vezes, não adiante protocolar muitos projetos e não aprovar nada que mude a vida das pessoas – afirmou Covatti.

Nenhum comentário: