WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL, Porto Alegre, Terça-feira, 09 de Agosto de 2011.
Deputado, ao seguir modelito usado para amordaçar jornalistas, desafinou ao investir contra músico.
A pedido do ex-presidente da Assembleia Legislativa gaúcha deputado federal Giovani Cherini (PDT), o juiz Artur dos Santos e Almeida decidiu pelo arquivamento do processo contra o músico Tonho Crocco.
Cherini havia encaminhado representação ao Ministério Público em função da música "Gangue da Matriz", que critica o régio aumento salarial dos deputados estaduais ocorrido no ano passado.
Fatos como esse, há algum tempo, estão se tornando comuns em relação a jornalistas contra os quais, constantemente, agentes do poder público buscam os mais diferentes expedientes para ameaçar e amordaçar a quem se arrisca a exercer o direito de pensar e opinar sobre grotescas iniciativas de chefões, chefetes e até de meros mandaletes de corredores palacianos.
Tais atentados burocráticos ocorrem dentro da retórica de estreitos exemplos da última ditadura que assolou os brasileiros.
Os ataques contra artistas estavam um tanto adormecidos, mas Cherini tomou a iniciativa desafinada de despertá-los e recebeu merecida resposta da politizada sociedade gaúcha.
Hoje, Cherini é o astro sem luz própria do show de Tonho Crocco.
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