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sexta-feira, 22 de julho de 2011

OPERAÇÃO CARTOLA E O JOGO DE PALAVRAS

JOGO DE PALAVRAS - EDITORIAL ZERO HORA 22/07/2011

Por absoluto descaso com a transparência, o governo, partidos aliados com representantes nas prefeituras investigadas pela chamada Operação Cartola e a própria Polícia Civil envolveram-se num lamentável jogo de palavras que só serve para confundir a opinião pública. À sociedade, pouco importa se o que houve da parte do governador em relação às alegações de dirigentes municipais de eventuais excessos cometidos por servidores da área de segurança foi uma recomendação ou uma simples orientação, como vem sendo debatido. O que os gaúchos querem saber, de fato, é se a operação transcorreu nos padrões esperados nesses casos e quando o conteúdo das denúncias será divulgado.

Ao deflagrarem a iniciativa, com um aparato policial ostensivo, as autoridades de segurança provocaram a curiosidade dos cidadãos a respeito das acusações e a revolta dos prefeitos das comunidades investigadas. Diante da pressão, o governador e seus porta-vozes admitiram que talvez a polícia tenha exagerado na visibilidade e sugeriram mais discrição, o que obviamente desgostou os policiais.

Da mesma forma, é previsível que administradores municipais, pouco habituados a enfrentar a ação das autoridades, se sintam constrangidos perante os munícipes e acabem vendo excessos numa ação que pode ter sido apenas atípica. Ainda assim, isso não os autoriza a simplesmente contestar a operação, em vez de agirem com a transparência esperada nessas situações.

O que importa, no caso da população, é que as irregularidades sejam amplamente investigadas dentro da lei e que nada seja ocultado em nome de alianças políticas obscuras. Da mesma forma, uma vez confirmada alguma distorção, é preciso que os responsáveis sejam punidos e que o dinheiro eventualmente desviado possa retornar para os contribuintes, deixando clara a intenção dos órgãos de segurança de não permitir mais que esse tipo de deformação continue impune.

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