VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

FISIOLOGISMO EXPLÍCITO

EDITORIAL ZERO HORA, 22/06/2011


A forma desastrada com que o fisiologismo no governo estadual veio à tona, num encontro que resultou até em ataques físicos entre integrantes do PTB, expõe uma faceta deplorável da política, que não se restringe ao Estado ou a um partido político específico. Mas, quando um parlamentar parte até mesmo para a agressão e admite que seu partido tem “R$ 2 milhões por mês em cargos” na máquina pública gaúcha, é óbvio que a questão merece um debate mais amplo e mais transparente. A administração do Estado deveria ficar acima de qualquer outro interesse – incluindo a histórica disputa por cargos no caso de políticos e a intenção de garantir uma base parlamentar de apoio consistente na Assembleia por parte do Piratini.

O problema é que mudam os governantes e os legisladores e uma prática comum na política de condicionar apoio a quem está no poder à concessão de benesses se mantém em âmbito federal e estadual. É o que se constata em Brasília e o que ficou evidenciado agora no Estado, onde o chamado Encontro de Alinhamento Estratégico de uma agremiação política se prestou para discutir, sem cerimônia, a distribuição de cargos de confiança no governo do Estado de até “R$ 15 mil” para “amigos”, como denunciou um dos participantes.

Infelizmente, essa é uma questão que só vem à tona quando líderes partidários se desentendem e um ou outro se mostra descontente com os resultados da partilha financeira ou de poder. O que deveria ser discutido, porém, é a deformação que ocorre quando a máquina pública é reduzida à condição de prover sinecuras para filiados, simpatizantes de partidos ou para afilhados de políticos.

Mesmo sem disposição de aprovar uma reforma política, os legisladores deveriam se comprometer ao menos em fazer com que os integrantes de partidos se mobilizem pela afinidade aos estatutos das agremiações, não por poder ou por vagas. Da mesma forma, o setor público precisa ser colocado pelos governantes a serviço do bem comum e não dos interesses de eventuais apoiadores, o que implica ênfase às admissões por concurso e uma redução expressiva das contratações por apadrinhamento.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Esta "faceta deplorável" retrata a realidade política no Brasil e determina as posturas deprimentes, vergonhosas e imorais dos partidos e dos políticos neste país. Podemos escolher a pessoa mais nobre e honesta para nos representar nos parlamento que esta é "engolida" por práticas de um poder que detém o mais baixo nível de credibilidade entre as instituições públicas.

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