VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O PREOCUPANTE DESGASTE DO LEGISLATIVO


Aldo Borges Campagnola, Presidente do Ibem/RS- JORNAL DO COMERCIO, 16/05/2011

É verdadeiramente preocupante o constatável desgaste nos legislativos federal, estaduais e municipais. Os partidos políticos, também em baixa, registram possíveis puxadores de votos, figuras públicas nos esportes ou artistas, para ser candidatos a fim de obterem cociente eleitoral, sem a menor preocupação pela linha ideológica do partido. Assim, aparecem capitalista em partidos ditos socialistas, líderes religiosos em partidos que nada têm que ver com a proteção de religiões etc. 

A qualificação intelectual, honestidade e outros fatores contribuem para a derrocada do Legislativo. Uma vez eleitos, além da mediocridade intelectual, falta de ética e lisura, desmoralizam o Poder com a vadiagem, desperdício de dinheiro com viagens turísticas desnecessárias, cambalachos, corporativismo etc. O sistema presidencial de governo ajuda o Executivo na desmoralização, legislando com medidas provisórias que entulham a pauta das câmaras.

O mais paradoxal é que o Senado e a Câmara dos Deputados nada fazem para mudar, preferindo ser comandadas pelo Executivo em troca de verbas para os estados, através de emendas no orçamento. Poderiam governar através de primeiro-ministro saído do Legislativo a melhor forma até hoje de democracia e eficiência administrativa, que é o Parlamentarismo, fruto do pragmatismo inglês no início do século XIX, quando tiraram o poder absoluto de seus reis, fazendo assim para o povo governar, por intermédio de sua representação popular. 

Preferem aqui ser verdadeiros súditos medievais do presidente da República, para poder aproveitar as migalhas orçamentárias para seus estados, correndo de ministério em ministério de chapéu na mão, tomando chá de banco, quando deveriam estar trabalhando na restrita agenda semanal de três dias. 

Na esfera estadual e municipal, guardadas as proporções e situações, é semelhante. Se um poder não quer governar, é  natural que os outros dois poderes, até  por necessidade, chamem a si a tarefa. Depois, não adianta reclamar. Como o Parlamentarismo no Brasil virá somente com a Monarquia... 

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