VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 21 de maio de 2011

MAROLA PARA GANHAR TEMPO



PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - ZERO HORA 21/05/2011


Enfraquecida e sem uma estratégia para furar a blindagem que protege o ministro Antonio Palocci, a oposição anunciou ontem que vai tentar criar uma CPI mista para apurar o súbito enriquecimento do chefe da Casa Civil. Os adversários do governo sabem que são remotas as chances de se criar uma CPI para investigar qualquer coisa e, menos ainda, o homem forte do Planalto. Mas mantém o barulho, enquanto espera que surjam fatos novos nas revistas do fim de semana ou nos jornais dos próximos dias.

Ontem, a Folha de S.Paulo trouxe a informação de que a empresa de Palocci faturou R$ 20 milhões apenas em 2010, ano em que ele passou a maior parte do tempo dedicado à campanha da presidente Dilma Rousseff. O valor supera algumas das mais conhecidas empresas de consultoria do país e amplia a curiosidade sobre o segredo do ministro para vender conselhos a peso de ouro.

A comparação que vem sendo feita com a consultoria do ex-ministro Mailson da Nóbrega é inadequada. Considerando-se que Mailson foi o ministro da inflação na casa dos 80% e que as perspectivas de voltar a ser homem forte de algum governo são remotas, é natural que um conselho dele custe bem menos do que o de Palocci. Só que a empresa de Mailson, como outras do ramo, tem um exército de analistas que coletam informações e montam cenários para subsidiar decisões de grandes empresas. Palocci, até onde se sabe, era seu próprio exército.

A Procuradoria-Geral da República enfim pediu explicações ao ministro e deu 15 dias para que ele informe quem eram os clientes, que tipo de serviço foi prestado e se os clientes tinham negócios com o governo. Mas que ninguém se iluda: não será pelo procurador que as informações virão a público. O mais provável é que continuem sendo vazadas pelas fontes que abasteceram a imprensa até aqui. São fortes as suspeitas de que se trate de fogo amigo – companheiros de partido que não suportam ver Palocci como braço direito da presidente.

ALIÁS. Os ministros Miriam Belchior, Alexandre Padilha e José Eduardo Cardozo, que estiveram em Porto Alegre ontem, cerraram fileiras em defesa do colega Antonio Palocci.

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