VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 24 de março de 2011

CORREIOS - UMA INSTITUIÇÃO DESACREDITADA


Exaltados por décadas como exemplo de serviço público, os Correios enfrentam uma crise de credibilidade que deve ser atacada com urgência pelo governo. A alegação de que faltam profissionais aborda apenas um dos aspectos das deficiências, ou o mais visível dos problemas. Sabe-se que há anos os Correios também se ressentem de uma administração eficiente.

A carência de pessoal, que sobrecarrega os carteiros e outros funcionários, provocando atrasos nas entregas, deve ser corrigida pelo concurso público que prevê a contratação de mais de 8 mil pessoas para as mais diversas áreas. A grande questão, bem mais ampla, é a reforma da gestão da empresa, que soterrou, nos últimos anos, tudo o que os Correios haviam conquistado como instituição mais respeitada pelos brasileiros.

É lamentável que esse acervo de qualidade e reputação tenha sido desperdiçado. Nos anos 80, quando chegou a ser considerada modelo por países do Primeiro Mundo, a estatal exportou seus processos. Era admirada pela agilidade, pela capacidade de entregar uma correspondência nos mais longínquos redutos da Amazônia e pela eficiência gerencial. Nada do que passava pelos serviços dos Correios deixaria de ser entregue. A imagem hoje é de uma instituição que se encaminhou, por deficiências administrativas, para o sucateamento.

Além da queda de qualidade, os Correios passaram a enfrentar envolvimento em escândalos, resultantes da ocupação predatória de cargos de comando por protegidos de partidos políticos. A profissionalização foi substituída pelo empreguismo dos cargos comissionados. O resultado está nos atrasos e, o que é pior, no extravio de correspondências e encomendas.

Um setor essencial, mas que há muito deixou de ser confiável, merece atenção prioritária do governo, que não se esgote na contratação de novos funcionários. Os carteiros, na ponta final e no contato direto com os usuários, os atendentes e todos os demais funcionários de carreira não podem ser responsabilizados por desmandos provocados pela incompetência de pretensos gestores que entendem tudo de barganhas políticas para ocupar espaços no setor público, mas, como comprova a crise crônica, pouco ou nada sabem de serviços postais.

EDITORIAL ZERO HORA 24/03/2011

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