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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

EFEITO CASCATA - ASSEMBLÉIA GAÚCHA QUER O SEU QUINHÃO


Após reajuste no Congresso, líderes na Assembleia gaúcha defendem aumento salarial. Caso deputados estaduais decidam reajuste na mesma proporção de Brasília, ganho passará de R$ 11,5 mil a R$ 20 mil - Zero Hora, 16/12/2010

Se depender da vontade dos líderes dos partidos na Assembleia Legislativa, o aumento superior a 60% no salário dos parlamentares aprovado na quarta-feira no Congresso terá efeito no bolso dos deputados estaduais gaúchos. Levantamento realizado por zh.com aponta que a maior parte das bancadas defende um reajuste nos vencimentos proporcional ao garantido em Brasília.

Pela legislação, o teto salarial de um deputado estadual equivale a 75% do ganho de um federal. Apesar de não ser automático, o efeito cascata depende somente da vontade da Assembleia em elaborar e aprovar um projeto com os reajustes locais. Se decidirem aumentar os vencimentos na mesma proporção de Brasília, os parlamentares gaúchos passarão a receber R$ 20 mil mensais — atualmente, ganham R$ 11,5 mil.

— Vai ser os 75%. Nós ainda não tratamos do tema, mas provavelmente será discutido na terça-feira — afirma Gilberto Capoani, líder da bancada do PMDB.

— Todo mundo do PP é favorável (ao aumento proporcional). Quem disser o contrário, estará mentindo — disse João Fischer, da bancada progressista.

Líder do PT na Assembleia, o deputado Elvino Bohn Gass é favorável ao reajuste salarial, porém defende critério diferente para discutir o percentual.

— Nossa posição é que se faça um cálculo da perda inflacionaria destes quatro anos sem aumento — sugere.

Veja a opinião dos líderes da bancadas na Assembléia

Paulo Borges (DEM) - "Nós, no Rio Grande do Sul, por questões de outras épocas, começamos a ficar defasados com nossos salários. É o salário mais baixo do Legislativo do Brasil. Tem de haver um reajuste, isso é óbvio. Tem de se ver o que será possível. Se chegar perto de 75% ou em 75%, não vejo nada de errado nisso."

Raul Carrion (PC do B) - "Ainda não temos uma posição firmada. Faz quatro anos que os deputados não têm nenhum reajuste, além disso, deve ser considerado que não estamos recebendo nem os 75% que estão previstos."

Adroaldo Loureiro (PDT)- "Os deputados têm o reajuste de quatro em quatro anos. Então, tem que ser feita uma reposição. Há uma defasagem muito grande de salários e temos que trabalhar esse tema. Não sei se a proposta vai chegar a esse nível (75% ao novo salário dos deputados federais) . Mas, com certeza, vai haver um reajuste. A nossa bancada é favorável, até para dignificar a atividade parlamentar."

Gilberto Capoani (PMDB) - "Vai ser os 75%. Nós ainda não tratamos do tema, mas provavelmente será discutido na terça-feira."

João Fischer (PP) - "Ainda estamos discutindo o aumento. Todo mundo é favorável do PP. Quem disser o contrário, está mentindo. Nossa condição não é de estabilidade. Este valor que se fala hoje (aumento de R$ 11,5 mil para R$ 20 mil) é bruto. Há descontos como Imposto de Renda, IPE (plano de saúde), partido, entre outros. Então, reduz bastante."

Zilá Breintenbach (PSDB) - "O PSDB vai se posicionar como as demais bancadas. Mas ainda mão batemos o martelo. Vamos nos reunir na terça-feira. Se a Assembleia entender que devemos equiparar o salário a 75% do vencimento dos deputados, também votaremos por isso."

Elvino Bohn Gass (PT) - "Nossa posição é que se faça um cálculo da perda inflacionaria destes quatro anos sem aumento. Defendemos este critério. Temos de saber qual foi a perda salarial nestes anos."

Paulo Odone (PPS) - Não foi localizado

Entenda o aumento

Na quarta-feira, o Congresso aprovou salário de R$ 26,7 mil para senadores, deputados federais, presidente da República, vice e ministros. De 18 deputados gaúchos que estavam em plenário, só dois votaram contra o reajuste de 61,83%: Luciana Genro (PSOL) e Paulo Pimenta (PT).

Veja os deputados que votaram a favor do aumento: Cláudio Diaz (PSDB), Darcísio Perondi (PMDB), Fernando Marroni (PT), Germano Bonow (DEM), José Otávio Germano (PP), Luis Carlos Heinze (PP), Marco Maia (PT), Mendes Ribeiro Filho (PMDB), Osmar Terra (PMDB), Paulo Roberto Pereira (PTB), Pompeo de Mattos (PDT), Renato Molling (PP), Sérgio Moraes (PTB), Vieira da Cunha (PDT) e Vilson Covatti (PP).

* A deputada Emilia Fernandes (PT) se absteve de votar.

* Afonso Hamm (PP), Beto Albuquerque (PSB), Eliseu Padilha (PMDB), Enio Bacci (PDT), Henrique Fontana (PT), Ibsen Pinheiro (PMDB), Luiz Carlos Busato (PTB), Manuela D'Ávila (PCdoB), Maria do Rosário (PT), Nelson Proença (PPS), Onyx Lorenzoni (DEM), Pepe Vargas (PT) e Ruy Pauletti (PSDB) não estavam presentes na votação.

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