VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

VAGOS PROJETOS

Vagos projetos - Editorial Zero Hora, 22/09/2010

O alerta do cientista político e professor universitário Benedito Tadeu César de que, tanto para governador quanto para presidente, a disputa eleitoral está concentrada excessivamente em promessas vãs e projetos vagos é preocupante para o processo eleitoral e para a própria democracia. Antes de a campanha ter assumido as atuais características, a expectativa era de que as eleições de outubro seriam antecedidas pelo debate de ideias num nível elevado, o que acabou ficando longe da realidade e dificilmente tende a mudar a partir de agora, com o acirramento da busca pelo voto.

O que está em questão, como adverte o especialista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), não é apenas o cumprimento de promessas eleitorais que, embora escassas, muitas vezes tendem a implicar um alto custo para os contribuintes, quando não se mostram mesmo totalmente inviáveis. Preocupa de fato é a absoluta falta de programas em condições de serem aplicados nos próximos quatro anos para o país e para os Estados.

São esses planos que, a exemplo de eleições anteriores, deveriam estar sendo apresentados e discutidos agora entre os candidatos e ponderados pelos eleitores. Infelizmente, na maioria das vezes, a discussão de ideias vem sendo substituída por discursos dissimulados, nos quais o que menos conta é o conteúdo, ou por um jogo de acusação e defesa que serve menos para esclarecer a verdade e mais para confundir o eleitorado, debilitando a campanha e a própria democracia.

Um processo eleitoral tem mais condições de sair engrandecido se não colocar a preocupação imediatista de vitória a qualquer custo, mas se privilegiar os reais interesses dos eleitores. Essa é a situação que só ocorre quando o debate ganha ênfase, baseando-se menos em candidatos e preferências partidárias e mais em programas que acenem com perspectivas concretas para quem vai às urnas no dia 3 de outubro.

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