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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ESQUEMA DESVIA MAIS DE 10 MILHÕES DO BANRISUL.


Desvios de recursos da área de marketing teriam causado prejuízo de R$ 10 milhões em 18 meses - Zero Hora, 02/08/2010.

O superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Ildo Gasparetto, ressaltou que o Banrisul é vítima dos supostos desvios de recursos investigados pela força-tarefa composta pelo órgão, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas. A afirmação do delegado foi feita durante coletiva na tarde desta quinta-feira. O inquérito permanece em sigilo de justiça.

A apuração está focada em esquema de desvios de recursos da área de marketing, que teriam causado prejuízo ao banco. A suposta organização criminosa, integrada por alto funcionário do banco e diretores de agências de publicidade, pode ter causado prejuízo de mais de R$ 10 milhões nos últimos 18 meses.

— O objetivo de tudo é que o dinheiro retorne. O Banrisul é vítima disso. É uma quadrilha que se colocou com funcionários públicos e privados, que retiraram dinheiro que deveria estar em aplicações do banco para uso particular — resumiu Gasparetto.

A investigação dá conta de que as ações de marketing do banco, contratadas junto a agências publicitárias, seriam superfaturadas. De acordo com a PF, as campanhas eram terceirizadas a empresas que, por sua vez, subcontratavam os reais executores dos serviços. Estes, segundo a PF, cobravam preços muito menores do que aqueles pagos pelo banco.

Gasparetto descartou relação do período eleitoral com a força-tarefa que investiga o esquema. O delegado afirma que o objetivo é cruzar todas as informações para saber o destino que era dado ao dinheiro.

— Nas buscas foram recolhidos documentos e computadores. Tudo está sendo analisado. Se tiver algo em relação a campanhas eleitorais, será comunicado ao procurador eleitoral. Não é porque estamos há um mês de uma eleição que vamos parar de trabalhar — ponderou Gasparetto.

Sobre o modo como a operação foi desencadeada, o presidente do Banrisul, Mateus Bandeira, reclamou que a imprensa tinha mais informações do que a instituição.

— Inclusive eu questionei o delegado que estava no banco, porque razão a imprensa tinha mais informação do que nós. Para nós só foi dado uma cópia do mandado judicial — reclamou o presidente do Banrisul, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Mateus Bandeira ressaltou que o Banrisul tem um compromisso com a sociedade e com os acionistas. Reconheceu que pelo tamanho da instituição, é sempre possível que ocorram irregularidades.

— Estamos sujeitos, por mais que a gente não queira e que tenha todo esse aparato de governaça. Mas isso não vai abalar a imagem do banco. A gente só espera que não se faça uso político disso — completou o presidente.

Pelo menos duas agências estão sendo investigadas na Capital. Até o momento, três pessoas foram presas. Com elas, foi recolhida grande quantia em dinheiro.

Para o delegado Gasparetto, os valores recolhidos sustentam a hipótese de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

As imagens da apreensão foram divulgadas pela Polícia Federal.



Nesta manhã, uma pessoa que seria testemunha-chave no caso destacou que "pessoas recebiam propina" e que era apresentado um "orçamento definitivo". Na hora da cobrança, "os valores eram superiores ao dito pela pessoa".

— Um projeto que seria em torno de R$ 350 mil foi faturado em R$ 546 mil — disse a testemunha em entrevista ao Jornal do Almoço.

Segundo a Polícia Federal, a Justiça Estadual, acionada pelo Ministério Público Estadual, autorizou o compartilhamento de informações com o Ministério Público de Contas, que requereu ao Tribunal de Contas do Estado inspeção especial no Banrisul — já determinada —, bem como com a Polícia Federal. Os supostos crimes apontados seriam evasão de divisas, ocultação de bens e valores e sonegação fiscal.

A operação recebeu o nome de Mercari. Ao todo, são 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 deles na Capital e um em Gravataí. Participam da ação cerca de 76 policiais.

Eis aí o dinheiro apreendido - Blog da Rosane de Oliveira/02 de setembro de 2010

A Polícia Federal acaba de divulgar imagens do dinheiro apreendido com as três pessoas presas hoje pela manhã pela força-tarefa que investiga denúncias de desvio de recursos do Banrisul. O dinheiro ainda está sendo contado, mas já passa de R$ 3 milhões em reais, dólares, euros e libras.

Na casa do superintendente de Marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, foram encontrados maços de dinheiro novo, com cintas de papel identificadas com a inscrição “Tesouraria DCS”.

A DCS é uma das agências de propaganda que tiveram documentos e computadores recolhidos hoje com um mandado judicial de busca e apreensão. Na empresa e na casa do diretor Armando D’Elia Neto também foi encontrado dinheiro vivo de origem não identificada. O outro preso é Gilson Storck, da agência SL&M. Com ele também foi encontrado dinheiro.

Não havia mando de prisão contra nenhum dos três. Eles foram detidos porque não conseguiram explicar a origem do dinheiro.

O superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, estranhou o fato de os três guardarem tanto dinheiro em casa numa época em que tanto se reclama da falta de segurança.

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