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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Dinheiro em espécie sem origem para uso em campanha eleitoral


PF apreende R$ 7 milhões e pede prisão do prefeito de Coari - 21/05/2008, Jailton de Carvalho - O Globo

A Polícia Federal aprendeu na terça-feira à noite em Coari (AM) R$ 7 milhões escondidos em malas e caixas de papelão em uma casa que pertence à Prefeitura, durante operação contra desvio de verba - Divulgação da PF BRASÍLIA - Depois de prender 23 pessoas na Operação Vorax, a Polícia Federal aprendeu na terça-feira à noite em Coari (AM), a 400 quilômetros de Manaus, R$ 7 milhões escondidos em malas e caixas de papelão em uma casa que pertence à Prefeitura de Coari. Há suspeita que o dinheiro tenha origem ilegal e seria usado em campanhas eleitorais. A PF pediu a prisão preventiva do prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PMDB), suspeito de ser o chefe da quadrilha, pela segunda vez. O primeiro pedido foi negado pelo desembargador Cândido Ribeiro.

O esquema fraudulento estaria em funcionamento desde 2001. As cinco malas aprendidas e as caixas de papelão estavam abarrotadas de notas novas de R$ 100 e R$ 50, com cintas do Banco do Brasil. De acordo com a polícia, é difícil aferir o exato valor dos desvios até agora realizados. Entretanto, as investigações detectaram que somente para cinco das empresas utilizadas no esquema foram repassados recursos da ordem de mais de R$ 49 milhões.

Com a quadrilha, a polícia apreendeu ainda 23 carros de luxo, entre eles um Audi, um Ford Fusion e um Corola, e uma lancha de luxo. Só os carros estão avaliados em mais de R$ 1,5 milhão. Entre os acusados estão Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, irmão de Adail Pinheiro, e alguns dos principais auxiliares do prefeito: o secretário de Administração, o presidente da Comissão de Licitação e o comandante da Guarda Municipal de Coari. Só numa mala, os policiais contaram R$ 1 milhão. O dinheiro foi levado para uma agência da Caixa Econômica Federal.

- O dinheiro foi colocado em malas e caixas. Parece que foi tudo juntado na correria. Acho que queriam esconder da polícia - afirmou o superintendente da PF no Amazonas, Sérgio Lúcio Fontes.

Segundo as investigações, a organização criminosa que foi desarticulada era especializada em dilapidar o patrimônio público, apropriando-se indevidamente de recursos de origem federal e de royalties recebidos pela Prefeitura de Coari pela exploração de petróleo e gás natural, daí o nome da operação de Vorax, por se tratar de uma bactéria desenvolvida para se alimentar de petróleo.

A Polícia Federal cumpriu na terça-feira mandados de prisão temporária e de busca e apreensão de documentos nas cidades de Manaus (AM), Coari (AM), Novo Airão (AM), Boa Vista (RR) e Brasília (DF).

Comentário do Bengochea - Guardar dinheiro em espécie para utilizar em campanha política é uma prática neste país. Assim, os políticos podem acobertar seus gastos e dispor de recursos para vencer a corrida de forma suja e desigual.

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