VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tolerância zero


Há cerca de dois anos, moradores do bairro do Cacuia, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, inconformados com as promessas de espertos candidatos que após eleitos esqueciam das palavras lançadas ao vento, protestaram e pediram distância dos políticos. Um exemplo da movimentação que parece ganhar novos adeptos, mesmo que em marcha lenta.

Prometeu e não cumpriu, o melhor é passar longe. Não haverá segunda chance. A idéia é a ordem do dia copiada também pelos moradores do Santo Elias, em Mesquita, na Baixada. Pelo bairro, várias faixas alertam: "Senhores candidatos políticos, sem obras vocês não serão bem-vindos. Não percam o seu tempo e nem tomem o nosso. Vão embora. Sem Obras, sem votos".

Justíssimo. Apesar de a região ser de pessoas humildes, a consciência política apresentada é merecedora de aplausos. Já estão cansados de ver sempre a mesma novela. A época do voto em troca de um punhado de farinha e uma velha dentadura com material de terceira categoria precisa e deve acabar. Em tais comunidades as necessidades são gritantes. Falta pavimentação, sistema de escoamento das águas pluviais, saneamento e dignidade. Pior que as benditas obras se arrastam e não saem do papel. Provavelmente, a intenção é que sejam feitas após o segundo semestre. Aí fica pertinho das eleições e quem sabe o povo esquece, né?

Mauro Braga e Redação - A Tribuna da Imprensa de 23/04/2008

Comentário do Bengochea - É a partir de iniciativas comunitárias que a sociedade poderá transformar o Brasil. As revoluções sempre começaram pelas comunidades organizadas que, indignadas ou sofridas, unem seus cidadãos numa idéia força, massificando os interesses comuns para exigir dos seus representantes zelo, moralidade e comprometimento com as questões locais.

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